BoJ, o BC japonês: o problema que mais perturba a economia do país é a deflação (Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 20 de dezembro de 2010 às 05h36.
Tóquio - O Banco do Japão (BOJ, banco central japonês) começou nesta segunda-feira uma reunião de dois dias para analisar sua política monetária, embora se espere que o órgão emissor mantenha as taxas de juros virtualmente em zero.
A reunião se dá depois que o BOJ revelou na semana passada em seu relatório trimestral "Tankan" de conjuntura econômica que o índice de confiança dos grandes produtores caiu pela primeira vez desde março de 2009.
A queda deste índice, que ficou entre outubro e dezembro em cinco pontos (três menos que no trimestre anterior), foi menor do que a esperada pelos analistas, por isso que os investidores das bolsas de valores esperam que o BOJ mantenham as taxas de juros, segundo a agência local "Kyodo".
Em outubro passado o BOJ fixou as taxas de juros (entre 0% e 0,1%), após uma decisão inesperada da entidade financeira japonesa para lutar contra a deflação e impulsionar o crescimento econômico.
O emissor também avaliará entre hoje e amanhã os efeitos de seu programa de compra de ativos por um valor de 5 trilhões de ienes, acrescentou a "Kyodo".
Esta compra é parte de um programa de flexibilização monetária iniciado pelo BOJ também em outubro para animar os investimentos por parte do setor privado.
Embora o Japão se encontre no caminho da recuperação, o problema que mais perturba a sua economia é a deflação, que já dura 20 meses consecutivos, ameaçando o crescimento, além da valorização do iene frente ao dólar.
O BOJ espera que o PIB cresça 2,1% no ano fiscal que termina em março de 2011. EFE