Etanol, em frasco de laboratório: busca por uma nova geração de biocombustíveis (Arquivo)
Da Redação
Publicado em 17 de março de 2011 às 20h29.
Rio de Janeiro - O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), do Ministério da Ciência e Tecnologia, firmaram hoje (17) um acordo de cooperação técnica para execução de um plano conjunto de inovação tecnológica nos setores sucroenergético e sucroquímico. Os recursos disponibilizados pelo acordo atingem R$ 1 bilhão.
Presente à solenidade, o ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, afirmou que o acordo entre a Finep e o BNDES “materializa uma recomendação da presidenta Dilma Rousseff. Ela pediu que as duas instituições trabalhassem em parceria e sintonia e, portanto, facilitassem, inclusive, as demandas que o setor empresarial tem na área de inovação”.
O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, disse que o acordo implica esforço conjunto das duas instituições para responder a um desafio tecnológico importante para o país, que é líder em biocombustíveis de origem de cana-de-açúcar no mundo.
“O desenvolvimento em futuras gerações de tecnologia para biocombustíveis representa um desafio que não podemos deixar de enfrentar para manter a nossa liderança”, disse Coutinho. “O Brasil precisa se antecipar e estar próximo da fronteira de criação tecnológica, com uma atitude pró-ativa, mobilizando a pesquisa básica em torno das diversas e principais rotas relevantes nesse sentido.”
O presidente da Finep, Glauco Arbix, afirmou que as duas instituições vão trabalhar de forma articulada, tomando as decisões em conjunto no que se refere à seleção dos projetos, “de forma a impulsionar a pesquisa e o desenvolvimento em uma área que é crítica para nós, que é a área de energia”. O foco serão as áreas de pesquisa tecnológica de segunda geração.
De acordo com ele, as pesquisas feitas na área de primeira geração de biocombustíveis, em que o Brasil tem grande competitividade, permitem um aumento de produtividade de 4% ao ano. “As áreas de segunda geração podem permitir a gente chegar até 50% de incremento de competitividade ao ano. Significa um salto de qualidade gigantesco”, expôs Arbix.
Segundo o presidente da Finep, o Brasil tem algumas vantagens em relação a outros países, mas “temos que investir e dar o passo seguinte”.