O blogueiro Wael Ghonim, um cibermilitante que virou símbolo do movimento popular no Egito, escreveu nesta sexta-feira em seu Twitter: "Parabéns ao Egito, o criminoso deixou o palácio", após o anúncio da renúncia do presidente Hosni Moubarak (AFP/Alejandro Pagni)
Da Redação
Publicado em 11 de fevereiro de 2011 às 21h53.
Cairo - O blogueiro Wael Ghonim, um cibermilitante que virou símbolo do movimento popular no Egito, escreveu nesta sexta-feira em seu Twitter: "Parabéns ao Egito, o criminoso deixou o palácio", após o anúncio da renúncia do presidente Hosni Moubarak.
Ghonim, diretor de marketing do Google para o Oriente Médio e norte da África, foi detido em 27 de janeiro após uma manifestação, e permaneceu 12 dias mantido em cativeiro pelo temido serviço de segurança do Estado.
Após sua libertação, na segunda-feira, Ghonim transformou-se repentinamente em heroi do movimento quando admitiou ser o administrador, até então anônimo, da página do Facebook "Todos Somos Khaled Said", uma das que convocaram a mobilização contra o regime.
O jovem executivo egípcio do Google esclareceu na quinta-feira no Twitter que não pretendia dedicar-se à política após a queda do regime do Mubarak.
Alguns dos jovens que iniciaram o movimento de protesto depositaram suas esperanças em Ghonim, no sentido de que assumisse a liderança de um movimento coletivo que neste momento ainda não tem cabeças visíveis.