Antony Blinken: "Hamas está próximo de aceitar cessar-fogo em Gaza" (Omar Havana /Getty Images)
Agência de Notícias
Publicado em 14 de janeiro de 2025 às 19h31.
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, disse nesta terça-feira que o Hamas só precisa aceitar o acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza para que a trégua seja implementada.
“No domingo, Estados Unidos, Catar e Egito apresentaram uma proposta final. A bola agora está no campo do Hamas. Se o Hamas aceitar o acordo, ele estará pronto para ser implementado”, declarou Blinken em discurso no think tank Atlantic Council, em Washington.
O chefe da diplomacia dos EUA afirmou estar convencido de que haverá uma trégua, embora não possa especificar se o acordo será finalizado antes da posse de Donald Trump em 20 de janeiro.
Blinken lembrou que o presidente dos EUA, Joe Biden, propôs um plano em maio para pôr fim à ofensiva israelense na Faixa de Gaza e libertar os reféns do Hamas, mas os dois lados adiaram as negociações.
O secretário de Estado destacou que o Hamas desempenhou “um papel de estraga-prazeres” contra o acordo nos últimos meses, mas a mediação recente trouxe as negociações "à beira de um acordo completo e final”.
“Acredito que chegaremos a um cessar-fogo e, seja nos dias restantes de nossa administração ou depois de 20 de janeiro, acredito que o acordo seguirá os termos que o presidente Biden propôs em maio de 2024”, afirmou.
O plano de várias fases do presidente dos EUA inclui:
Em conversa posterior com Frederick Kempe, presidente do Atlantic Council, Blinken destacou que o acordo sobre uma trégua “está mais próximo do que nunca”.
“Enquanto estamos aqui sentados, estamos aguardando a palavra final do Hamas sobre se eles aceitam ou não a trégua. Até que tenhamos essa resposta, ainda estamos à beira de um acordo, que pode chegar a qualquer momento”, afirmou.
“Pode acontecer nas próximas horas. Pode acontecer nos próximos dias. É isso que estamos buscando. Mas o que fizemos nas últimas semanas, e especialmente nos últimos dias, foi colocar as coisas no lugar, e o acordo existe”, concluiu Blinken