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Blatter propõe mudança na eleição de sedes da Copa

Presidente da Fifa quer que federações nacionais decidam as sedes ao invés do comitê executivo da federação esportiva

Escolha do Catar para a Copa de 2022 surpreendeu e levantou uma série de suspeitas de corrupção (Julian Finney/Getty Images)

Escolha do Catar para a Copa de 2022 surpreendeu e levantou uma série de suspeitas de corrupção (Julian Finney/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 25 de agosto de 2013 às 14h11.

Zurique - O presidente Joseph Blatter prometeu dar mais poder às 208 federações nacionais em detrimento do restrito comitê executivo se o Congresso da Fifa o eleger para um novo mandato nesta quarta-feira. O dirigente suíço defendeu que cada federação vote para decidir as futuras sedes da Copa do Mundo ao invés da definição ser restrita aos membros do comitê executivo.

Blatter propôs a mudança nesta quarta-feira antes da sua reeleição em um momento de crise na Fifa e suspeitas sobre o resultado do processo de escolha das sedes das Copas do Mundo de 2018 e 2022. O dirigente disse ao Congresso da Fifa que o peso da comissão composta por 24 pessoas poderia ser reduzido, com este grupo ficando com a função de indicar os países candidatos, sem "fazer recomendações".

O direito de sediar a Copa de 2018 foi dado para a Rússia, enquanto o Catar surpreendeu ao ser escolhido para receber o Mundial de 2022, o que levantou uma série de suspeitas de corrupção, que não foram comprovadas. Blatter não tem adversário na eleição presidencial da Fifa pois seu único adversário, o catariano Mohamed Bin Hammam, abandonou a disputa após acusação de suborno.

O suíço defendeu que o pior escândalo da história da Fifa pode ser resolvido dentro da própria entidade. David Bernstein, presidente da Associação de Futebol da Inglaterra, pediu o adiamento da eleição por alguns meses para permitir o esclarecimento sobre os escândalos de corrupção, dizendo que "uma coroação sem adversário oferece um mandato imperfeito".

No entanto, 172 das 208 delegações rejeitaram o pedido britânico. Blatter disse no início do seu discurso ao Congresso que "o barco da Fifa passa por águas turbulentas, mas este barco deve ser levado pelo caminho certo". "Eu sou o capitão deste barco" e que, por isso, "é minha obrigação e minha responsabilidade garantir que o barco volte para o caminho indicado", disse.

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