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Blatter descarta publicar investigação sobre Copas

A investigação sobre corrupção no processo de escolha das sedes vai ficar em segredo


	Joseph Blatter: código de ética da Fifa só permite que resumos de veredictos sejam liberados
 (Jean Catuffe/Getty Images)

Joseph Blatter: código de ética da Fifa só permite que resumos de veredictos sejam liberados (Jean Catuffe/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 26 de setembro de 2014 às 15h24.

Zurique - A investigação sobre corrupção no processo de escolha das sedes das Copas do Mundo de 2018 e 2022 vai ficar em segredo, avisou nesta sexta-feira o presidente da Fifa, Joseph Blatter, rejeitando o pedido do procurador envolvido na apuração para tornar público o seu relatório.

Blatter disse que as regras de ética da Fifa afirmam que todas essas investigações devem ser confidenciais e que nenhum membro do seu comitê executivo pediu, na reunião desta sexta-feira, para que o relatório seja publicado.

Ele também criticou o promotor Michael Garcia pela emissão de um comunicado de imprensa para solicitar que a sua investigação fosse publicada, ao invés de entrar em contato com Blatter pessoalmente.

"O presidente da Fifa, ou o secretário-geral não tiveram qualquer demanda ou pedido do senhor Garcia para falar com a gente", disse Blatter em entrevista coletiva. "O único contato que tivemos foram seus comunicados de imprensa".

Garcia divulgou um comunicado nesta quarta-feira pedindo permissão ao Comitê Executivo da Fifa para que fosse realizada a "publicação adequada" de seu trabalho. O código de ética da Fifa só permite que resumos de veredictos sejam liberados.

Em dezembro de 2010, Rússia e Catar foram escolhidos como sedes das Copas do Mundo de 2018 e 2022 em uma eleição que teve acusação de compra de votos. "A maioria dos pedidos de publicação deste relatório foram de pessoas que não estavam lá em dezembro, quando a decisão foi tomada", disse Blatter.

O relatório inicial de Garcia recomendou a adoção de medidas contra alguns eleitores, de acordo com um comunicado divulgado pela Fifa em 5 de setembro. O juiz Joackim Eckert pediu um prazo até novembro para terminar de ler o documento. Em seguida, o procurador pode solicitar a abertura formal de processos.

Os veredictos finais são esperados para abril do próximo ano. Eckert sugeriu que vai limitar as sanções aos indivíduos, e deixar para o Comitê Executivo da Fifa a decisão sobre se toma medidas contra a Rússia e o Catar.

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