Blatter: "será adotada uma resolução para lutar contra o racismo e contra qualquer forma de discriminação no futebol, e isto será crucial", disse (Carl Court/AFP)
Da Redação
Publicado em 25 de agosto de 2013 às 13h46.
Port Louis - O presidente da Fifa, Joseph Blatter, determinou nesta segunda-feira que as prioridades do congresso da entidade serão discutir o método de escolha das sedes da Copa do Mundo e a luta contra o racismo.
O congresso acontecerá na próxima sexta-feira nas Ilhas Maurício.
Blatter, que aprovou em 2011 o processo de mudança do método de escolha das sedes dos Mundiais, está otimista a respeito da aprovação definitiva das alterações no estatuto da Federação. As mudanças devem ser examinadas no Congresso, que terá abertura na quinta-feira e sessões na sexta-feira.
"As coisas já se esclareceram bastante. A partir de agora será o Congresso que vai tomar a decisão final sobre as sedes, não o Comitê Executivo", afirma Blatter na página da Fifa na internet.
Se aprovada, a mudança entrará em vigor em 31 de julho deste ano.
"Esta foi uma das decisões mais importantes tomadas durante o processo de reforma. Sobre isso eu já disse que cometemos um erro ao escolher duas sedes na mesma ocasião (Rússia-2018 e Qatar-2022)", acrescenta o suíço.
Para Blatter, existe outro assunto essencial a ser discutido.
"Será adotada uma resolução para lutar contra o racismo e contra qualquer forma de discriminação no futebol, e isto será crucial. Esta resolução será destinada a todas as associações membros da Fifa".
"Acredito que precisamos implantar punições mais fortes. A meu ver, as multas não ajudam muito, mas a perda de pontos e a exclusão das competições poderiam ser medidas mais efetivas", analisa Blatter.
Além disso, a manipulação de resultados - que Blatter chama de "praga" - e a representação feminina também estarão entre os principais debates do Congresso.
"A proposta de garantir uma maior representação às mulheres no Comitê Executivo da Fifa será um grande avanço. A igualdade entre os sexos tem sido promovida em todas as organizações democráticas do mundo, e não vejo porque a Fifa tenha que ser diferente", conclui Blatter na entrevista divulgada no site da entidade.