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Bispo pede intervenção do papa por colegas sequestrados

Bispo oriental pediu ao papa para intervir junto ao governo turco, em tentativa de libertar dois colegas ortodoxos sequestrados na Síria

Papa Francisco: dois bispos ortodoxos foram sequestrados em abril de 2013 na Síria (Giampiero Sposito/Reuters)

Papa Francisco: dois bispos ortodoxos foram sequestrados em abril de 2013 na Síria (Giampiero Sposito/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 7 de novembro de 2014 às 11h45.

Cidade do Vaticano - Um bispo oriental pediu ao papa para intervir junto ao governo turco durante sua visita a Ancara, em 28 de novembro, em uma tentativa de garantir a libertação de dois colegas ortodoxos sequestrados na Síria em abril de 2013.

Francisco recebeu nesta sexta-feira no Vaticano quarenta bispos de várias denominações cristãs ligadas ao Movimento dos Focolares.

O metropolita na Europa da Igreja Ortodoxa Siríaca, o indiano Teophilos Kuriakose, recordou o sequestro em abril de 2013 por um grupo armado islâmico de dois bispos ortodoxos de Aleppo (norte da Síria), os bispos Boulos Yazigi e Yohanna Ibrahim, muito respeitados no diálogo interreligioso.

"Meu humilde apelo é que Sua Santidade, durante sua próxima visita à Turquia, possa intervir junto ao governo para a libertação de nossos irmãos bispos sequestrados", declarou.

Poucos meses após o sequestro dos dois prelados, rumores evocavam sua detenção por militantes chechenos em território turco.

Outros religiosos, entre ele o jesuíta italiano Paolo Dall'Oglio, desapareceram na Síria no ano passado.

Francisco visitará pela primeira vez a Turquia, onde se encontrar com o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, o novo primeiro-ministro, Ahmet Davutoglu, e o presidente de Assuntos Religiosos, Mehmet Görmez.

Esta viagem deve se concentrar no pluralismo religioso e na convivência entre o Islã e o Cristianismo, o destino dos cristãos do Oriente e os refugiados da Síria e do Iraque, bem como a reconciliação com os ortodoxos.

As autoridades turcas têm sido acusadas de ter ajudado a organização Estado Islâmico (EI), por aversão à rebelião curda, particularmente durante o cerco de Kobane na fronteira da Síria com a Turquia.

Ancara também conseguiu, através de seus contatos na Síria, obter a libertação de reféns mantidos no país.

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