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Bin Laden dirigia a Al Qaeda mesmo escondido, dizem EUA

Documentos e arquivos mostram que o militante saudita não havia se desligado da rede que fundou

Osama Bin Laden discursa em vida (Getty Images / Allison Shelley)

Osama Bin Laden discursa em vida (Getty Images / Allison Shelley)

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Da Redação

Publicado em 6 de maio de 2011 às 19h46.

Washington - Materiais obtidos por militares dos EUA no esconderijo onde Osama bin Laden foi morto revelam que ele continuava diretamente envolvido nas atividades da rede Al Qaeda, segundo relatos de três fontes oficiais do governo norte-americano.

Elas disseram que documentos, arquivos de computador e telefones celulares obtidos na casa de Abbottabad, no Paquistão, mostram que o militante saudita não havia se desligado da rede que fundou, embora nos últimos anos sua imagem praticamente não tenha aparecido ao público.

Uma dessas fontes afirmou que havia modernos equipamentos de comunicações no esconderijo, mas que não estava claro se o próprio Bin Laden os utilizava.

Durante meses de preparação para a invasão militar do começo desta semana, a CIA e outras agências monitoraram as comunicações e observaram a casa, mas Bin Laden nunca foi visto ou ouvido, segundo essa fonte.

Porém, os materiais encontrados no local "claramente mostram que Bin Laden ainda era um líder ativo da sua organização, oferecendo orientação estratégica, operacional e tática", afirmou uma das fontes, pedindo anonimato por não estar autorizado a falar publicamente.

Outro funcionário informou que as evidências já analisadas indicam que Bin Laden e seus seguidores continuavam interessados em realizar ataques contra "alvos de infraestrutura" dentro dos EUA.

Na quinta-feira, o Departamento de Segurança Doméstica dos EUA divulgou um boletim de inteligência alertando para a possibilidade de a Al Qaeda tramar atentados por ocasião do décimo aniversário do seu ataque de 11 de setembro de 2001.

Autoridades disseram que o alerta resulta de informações obtidas no esconderijo de Bin Laden, mas que elas datavam de fevereiro de 2010, e que não havia provas de que o plano estaria sendo posto em prática.

Um dos funcionários disse que a prioridade da CIA no momento é identificar no material apreendido informações que indiquem ameaças imediatas ou de curto prazo.

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