HILLARY E BILL: há 20 anos, os dois nas Olimpíadas de Atlanta. Hoje ele discura na Convenção Democrata que nomeia a mulher como candidata à presidência / Simon Bruty / Allsport
Da Redação
Publicado em 25 de julho de 2016 às 21h32.
Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h37.
Hoje é dia de o ex-presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton, falar na Convenção Nacional do Partido Democrata na Filadélia. Na teoria, é um dos pontos altos do evento: Monicas Lewinskis à parte, Bill teve uma média de aprovação de 55% durante seu mandato, e hoje é bem quisto por 51% do eleitorado.
Desde a primeira-dama Michelle Obama, até o concorrente durante as primárias, senador Bernie Sanders, que falaram ontem, Hillary tem ótimos cabos eleitorais a seu lado. É um cenário bem diferente do concorrente Donald Trump. A dúvida é até que ponto o marido de fato pode ajudá-la.
Qual seria o papel de Bill como o “primeiro-cavalheiro”? A própria Hillary já afirmou em entrevistas que ele poderia trabalhar na criação de empregos e na economia. “Eu quero cada pedaço de conselho que ele puder dar”, disse ela em abril. O voto, afinal, é para ela, ou para os dois?
A questão é que um grupo crescente de americanos não suporta mais ver tanto poder na mão dos Clintons. Bill, vale lembrar, tem seus episódios controversos com a justiça. Foi acusado de abuso sexual e sofreu um processo de impeachment. No final do mês passado, foi flagrado conversando com a advogada-geral Loretta Lynch no aeroporto de Phoenix. Em meio ao escândalo dos e-mails de Hillary em seu servidor privado, a conversa — que segundo Bill foi sobre os netos e golfe — não pegou muito bem. Em 2008 ele desmereceu a vitória de Barack Obama na Carolina do Sul comparando-a a Jesse Jackson, um candidato negro que havia vencido no estado em anos anteriores, dizendo que é natural que homens negros vencessem por lá.
A ver se quem sobe ao palco hoje é o ex-presidente, o marido, o conselheiro, ou todos eles juntos.