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Bilionário e jornalista se enfrentam pela presidência do Chile

Os chilenos votarão em uma incerta eleição presidencial neste domingo

Sebastián Piñera: conservador é considerado como favorito (Bertrand Langlois/AFP/AFP)

Sebastián Piñera: conservador é considerado como favorito (Bertrand Langlois/AFP/AFP)

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Reuters

Publicado em 17 de dezembro de 2017 às 16h15.

SANTIAGO (Reuters) - Os chilenos votarão em uma incerta eleição presidencial neste domingo, que determinará se o maior produtor de cobre do mundo permanecerá em sua trajetória de centro-esquerda ou se juntará a uma série de países latino-americanos que estão retornando à direita.

O bilionário ex-presidente Sebastián Piñera, 68 anos, um conservador que é considerado como favorito, mas que teve menos votos que o esperado no primeiro turno, enfrenta o jornalista e senador de centro-esquerda Alejandro Guillier, 64 anos.

Ambos os candidatos manterão o antigo modelo econômico de livre mercado do Chile, mas Piñera prometeu reduzir impostos para turbinar o crescimento, enquanto Guillier quer que o governo avance com as reformas da presidente Michelle Bachelet nas áreas de educação, impostos e trabalho.

A disputa acontece antes de uma longa sequência de eleições na América Latina em 2018. Enquanto candidatos populistas estão perto do topo no Brasil e México, maiores economias da região, nenhum foi para o segundo turno no Chile.

"Uma das características marcantes, se você analisar, é que há um sentimento contra a autoridade estabelecida ganhando terreno na América Latina e as escolhas que os eleitores (chilenos) enfrentam neste domingo são bastante convencionais", disse o presidente do Diálogo Interamericano, Michael Shifter.

Guillier, representante da coalizão Nova Maioria, de Bachelet, angariou apenas 23 por cento dos votos do primeiro-turno, a performance mais fraca de qualquer candidato de centro-esquerda desde o retorno do Chile à democracia nos anos 1990 e um reflexo do amplo sentimento de descontentamento com Bachelet.

Os esquerdistas se queixam de que suas políticas sociais são muito tímidas, enquanto a oposição diz que geraram incerteza no mercado e reduziram o investimento privado, fazendo com que o crescimento econômico médio desacelerasse para 1,8 por cento ao ano sob Bachelet.

A confiança de que Piñera vencerá aumentou, de acordo com um relatório da Credicorp Capital, devido à percepção de que teve uma performance forte no último debate. As crescentes expectativas sobre sua vitória, junto com preços firmes do cobre, levaram o índice acionário chileno IPSA a um ganho de 7 por cento na semana passada, o maior rali semanal em oito anos.

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