Joe Biden vota de forma antecipada nas eleições presidenciais americanas (Evan Vucci / POOL / AFP/AFP)
Agência de notícias
Publicado em 28 de outubro de 2024 às 14h43.
Última atualização em 28 de outubro de 2024 às 14h52.
O presidente democrata em fim de mandato, Joe Biden, votou nesta segunda-feira, 28, nas eleições presidenciais dos Estados Unidos. Em julho, Biden, de 81 anos, passou o bastão para sua vice-presidente, Kamala Harris, cedendo a semanas de pressão dentro do seu próprio Partido Democrata, que questionou sua capacidade após um desempenho desastroso no debate contra o republicano Donald Trump.
Quase 43 milhões de americanos já votaram antecipadamente, faltando oito dias para uma das eleições mais acirradas da história contemporânea dos Estados Unidos. A aptidão mental tornou-se um ponto central na corrida pela Casa Branca.
Kamala, de 60 anos, declarou que realizará um teste cognitivo, em resposta a um ataque de Trump, de 78 anos, desafiando-o a fazer o mesmo.
A ex-procuradora, que busca ser a primeira mulher negra a liderar os Estados Unidos, afirmou que seu rival está cada vez mais "desequilibrado" e sem capacidade de liderar o país. Trump, concorrendo pela terceira vez, chamou Kamala de "estúpida com baixo QI".
As pesquisas apontam um empate técnico. Ambos os candidatos irão se concentrar nos sete estados-chave que devem definir o resultado: Pensilvânia, Michigan, Wisconsin, Geórgia, Carolina do Norte, Arizona e Nevada. Kamala, acompanhada de seu vice, Tim Walz, iniciará visitas no Michigan, buscando votos de trabalhadores e de parte da comunidade muçulmana e árabe que critica o apoio dos EUA às guerras em Gaza e no Líbano.
Trump, por sua vez, viajará à Geórgia para reunir-se com pastores e líderes religiosos, além de realizar um comício em Atlanta. A polêmica em torno de um comediante em um evento no Madison Square Garden em Nova York, que fez declarações ofensivas sobre latinos e Porto Rico, no domingo, complicou a agenda do republicano.
O comediante Tony Hinchcliffe, que fez as declarações polêmicas, criticou os detratores nas redes sociais, acusando-os de "não terem senso de humor". O filho de Trump, Donald Trump Jr., saiu em defesa do comediante, mantendo o foco na campanha.