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Biden vence Sanders na Flórida e amplia vantagem em primárias democratas

Em uma votação realizada em meio à pandemia de coronavírus, o ex-vice-presidente obteve cerca de 60% dos votos, contra 20% de Bernie Sanders

Joe Biden: com vitória, ex-vice-presidente aumenta sua vantagem nas primárias do Partido Democrata (Brendan McDermid/File Photo/Reuters)

Joe Biden: com vitória, ex-vice-presidente aumenta sua vantagem nas primárias do Partido Democrata (Brendan McDermid/File Photo/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 17 de março de 2020 às 22h21.

Última atualização em 17 de março de 2020 às 22h23.

O ex-vice-presidente americano Joe Biden venceu nesta terça-feira, 17, o senador Bernie Sanders e ampliou sua vantagem nas primárias do Partido Democrata, que definem o candidato que enfrentará o presidente Donald Trump, em novembro. Em uma votação realizada em meio à pandemia de coronavírus, Biden obteve cerca de 60% dos votos, contra 20% de Sanders.

A vitória do ex-vice-presidente americano o coloca em posição mais confortável para reivindicar o posto de candidato mais forte para enfrentar Trump. Na terça-feira, Biden era favorito para vencer as prévias em outros dois Estados, de acordo com pesquisas: Illinois e Arizona. A apuração, no entanto, não havia sido concluída até o início da madrugada.

Ohio seria o quarto Estado a realizar primárias na terça-feira, mas a votação foi suspensa pela secretária estadual de Saúde, Amy Acton. Na segunda-feira, o governador, Mike DeWine, tentou cancelar as prévias, mas não tinha poder de decretar o adiamento de maneira unilateral. Ele entrou com uma ação na Justiça, que foi rejeitada pelo juiz Richard Frye.

Em seguida, Amy anunciou o fechamento de todos os prédios públicos em razão do risco de a pandemia se espalhar. Como todas as seções eleitorais estão localizadas em edifícios do Estado, a votação finalmente pôde ser definitivamente adiada.

Com a candidatura de Biden cada vez mais à mão, grupos ligados ao Partido Democrata já planejam uma nova estratégia contra o presidente: gastar milhões de dólares em anúncios de TV e nas mídias digitais com duras críticas à reação lenta de Trump ao coronavírus.

Com isso, estrategistas apostam que o impacto econômico e social da pandemia estará no centro da campanha de novembro.

"Esta é uma questão de saúde pública e de segurança nacional, mas também de política pública. Portanto, política", disse Tara McGowan, diretora do Acronym, um comitê de ação política que tem em seu conselho nomes conhecidos como David Plouffe, gerente de campanha de Barack Obama, em 2008.

A menos de 250 dias da eleição, o grupo está disposto a gastar US$ 5 milhões em anúncios digitais com críticas pesadas à resposta de Trump à pandemia. Segundo McGowan, a iniciativa do Acronym e de outros comitês políticos é fundamental para permitir que o candidato do partido - seja Joe Biden ou Bernie Sanders - não precise abaixar muito o nível da campanha.

McGowan se refere à ação dos Super PACs, comitês políticos legalizados pela Suprema Corte em 2010. São grupos autorizados a receber uma quantia ilimitada de recursos para gastar em campanhas, desde que não repassem os fundos diretamente para os candidatos ou coordenem suas ações com eles. Na prática, esses Super PACs são movidos pela agenda dos grandes doadores e acabam fazendo o trabalho sujo.

Um exemplo é a American Bridge, que vem bancando anúncios criticando a reação de Trump ao coronavírus em Michigan, Wisconsin e Pensilvânia, três Estados cruciais na eleição de novembro. Bradley Beychok, que dirige o Super PAC, disse que em breve serão veiculados clipes em que o presidente minimiza a pandemia. "Nosso trabalho é responsabilizar Trump", disse. (Com agências internacionais)

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