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Biden sofre revés com condenação de filho em meio à campanha para reeleição

Presidente enfrenta preocupação crescente com o futuro de Hunter Biden em meio à campanha presidencial

Biden sofre duro revés em período de campanha pela reeleição nos Estados Unidos. (Chip Somodevilla/AFP)

Biden sofre duro revés em período de campanha pela reeleição nos Estados Unidos. (Chip Somodevilla/AFP)

Fernando Olivieri
Fernando Olivieri

Redator na Exame

Publicado em 12 de junho de 2024 às 06h54.

Hunter Biden, filho do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, foi condenado por três acusações de posse ilegal de armas por um júri em Wilmington, Delaware. Após o veredicto, o presidente americano viajou de Washington para Delaware e abraçou o filho no aeroporto. A condenação ocorre em meio à campanha de reeleição de Biden, acrescentando uma nova camada de tensão no pleito de 2024, que disputa a reeleição contra o republicano Donald Trump.

A relação entre Joe Biden e seu filho já passou por inúmeras adversidades, incluindo a morte da primeira esposa e filha mais velha do presidente, além da luta de Hunter contra o vício em crack e álcool. Nos últimos anos, ambos foram alvo de acusações de corrupção e crimes financeiros por parte de adversários políticos.

De acordo com o The New York Times, pessoas próximas ao presidente afirmam que ele ainda acredita na recuperação do filho, que alega estar sóbrio desde 2019. No entanto, Biden aceita que os problemas legais de Hunter não terão um fim fácil. O presidente também manifestou sua decisão de não conceder indulto ao filho, enfatizando o respeito ao processo judicial.

Golpe na campanha

A condenação de Hunter Biden foi um golpe significativo para a família, especialmente no contexto da campanha presidencial. Biden, que estava em compromissos oficiais e viagens internacionais durante o julgamento, manteve contato frequente com a família. Após o veredicto, ele declarou que aceitaria o resultado do caso, reiterando o apoio incondicional ao filho.

A condenação decorre de uma acusação de 2018, onde Hunter foi considerado culpado por mentir em um formulário federal ao solicitar uma arma de fogo, além de posse ilegal de arma durante um período de 11 dias. A família Biden acreditava ter resolvido o caso no ano passado, quando a defesa de Hunter chegou a um acordo com o promotor David C. Weiss. O acordo permitiria que Hunter se declarasse culpado de acusações menores de sonegação fiscal, evitando a acusação de posse de arma. Porém, o acordo foi desfeito devido a desacordos entre a defesa e a promotoria, levando ao julgamento e à condenação recente.

O juiz Maryellen Noreika, que presidiu o caso, rejeitou o acordo inicial, afirmando que não aprovaria um acordo sem uma análise rigorosa. Essa decisão culminou no julgamento e na subsequente condenação de Hunter.

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