Joe Biden: "obviamente atravessamos um período difícil na relação bilateral", disse porta-voz (Saul Loeb/AFP)
Da Redação
Publicado em 7 de maio de 2014 às 14h53.
Washington - O vice-presidente americano, Joe Biden, se reunirá com a presidente Dilma Rousseff durante uma visita que realizará em junho ao país, informou nesta quarta-feira a secretária de Estado adjunta dos Estados Unidos para a América Latina, Roberta Jacobson.
"Obviamente atravessamos um período difícil na relação bilateral", afirmou Jacobson durante a conferência anual das Américas, que reúne hoje no Departamento de Estados altos funcionários americanos e representantes da região.
De todos os modos, Jacobson precisou que além da imprensa que fala do "congelamento" das relações bilaterais, há um grande trabalho que continua porque, disse, a relação com o Brasil "é muito importante" para os Estados Unidos.
Nesse sentido, Jacobson mencionou a importância do turismo entre ambos os países, assim como os vínculos culturais, esportivos, econômicos e comerciais.
Jacobson destacou que o Brasil é, junto com a China, um dos dois países nos quais os Estados Unidos estão abrindo consulados e precisou que o número de funcionários americanos em consulados no Brasil aumentará em 50 durante os dois próximos anos para agilizar o processo de solicitação de vistos.
"Seguiremos tendo uma presença maior no Brasil, com a abertura de dois consulados em Belo Horizonte e Porto Alegre", ressaltou Jacobson, que fez insistência na crescente relação entre os povos, que vai além, disse, da qual mantêm os governos.
Deste modo, Jacobson disse que a relação oficial entre Brasil e Estados Unidos aumentará nos próximos meses.
"Acho que a relação em nível governamental está de fato melhorando", afirmou Jacobson, que espera mais atividade no próximo ano e meio.
Além disso, Jacobson lembrou que Biden viajará ao Brasil para assistir a uma partida da seleção americana em junho e confirmou que será então quando se reunirá com a presidente Dilma.
As relações entre Estados Unidos e Brasil sofreram um duro revés por causa das filtragens do ex-analista da CIA Edward Snowden, que revelaram que a Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos (NSA) realizou espionagem em computadores de Dilma.
A presidente brasileira repudiou o caso e suspendeu em outubro uma visita de Estado que tinha programada a Washington.