(Patrick Smith/Getty Images)
Thiago Lavado
Publicado em 16 de abril de 2021 às 06h00.
Última atualização em 16 de abril de 2021 às 12h19.
As reuniões bilaterais entre líderes nacionais se tornaram raras durante a pandemia. E, quando acontecem, denotam a importância do encontro. Quando Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, se reunir nesta sexta-feira, 16, com Yoshihide Suga, primeiro ministro do Japão, haverá uma mensagem sendo passada.
O encontro dos dois é a primeira conversa presencial que Biden terá com outro chefe de estado desde que assumiu a Casa Branca em janeiro, e demonstra a importância que a Ásia e o Japão em especial têm na política internacional dos EUA.
Os mandatários devem discutir assuntos bastante contemporâneos, como a pandemia de covid-19, mudanças climáticas, a Coreia do Norte, e também a China, que já demonstrou publicamente descontentamento com o encontro dos líderes.
EUA e Japão compartilham sentimentos sobre alguns comportamentos recentes do país, como acusações de violações de direitos humanos da população Uigur na província de Xinjiang. É esperado que os dois atém emitam um comunicado em conjunto, expressando preocupação sobre o caso.
O uso de tecnologia para ganhar vantagens competitivas econômicas também é preocupação dos países, especialmente do Japão, que tem na China seu principal comprador de exportações, cerca de 22%.
Biden sinaliza desde a campanha que pretende trabalhar com aliados antigos dos EUA, de maneira multilateral, ao contrário da política externa do antecessor, Donald Trump. A diplomacia americana começa a ganhar novos ares.