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Biden recebe Netanyahu para promover cessar-fogo em Gaza

Primeiro-ministro israelense está nos EUA e discursou no Congresso americano

AFP
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Agência de notícias

Publicado em 25 de julho de 2024 às 11h53.

Depois de um discurso com grande pompa no Congresso dos Estados Unidos, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, irá se reunir nesta quinta-feira, 25, em Washington com o presidente americano Joe Biden e a vice-presidente Kamala Harris, em uma recepção bem menos calorosa do que a do Legislativo.

O encontro será entre um primeiro-ministro com relações tensas com um presidente democrata que deixará o poder dentro de alguns meses.

Joe Biden, que acaba de desistir da sua candidatura à reeleição e apoia sua vice-presidente para o substituir, pressionará Netanyahu a fechar um acordo de cessar-fogo na devastadora guerra de Gaza, desencadeada pelo sangrento ataque de combatentes do Hamas em Israel em 7 de setembro.

Biden insiste que apoia Israel desde o início do conflito, mas cada vez mais critica o número de vítimas civis em Gaza.

Na quarta-feira, uma autoridade do governo americano afirmou que as negociações para uma trégua e a liberação de reféns nas mãos do Hamas podem estar em suas "etapas finais".

A reunião entre Biden e Netanyahu será no Salão Oval da Casa Branca às 13h00 locais (14h em Brasília) e ambos se reunirão depois com familiares dos reféns em Gaza.

Outras reuniões

Netanyahu se reunirá também nesta quinta-feira com Kamala Harris, que esteve ausente do discurso do líder israelense no Congresso na quarta-feira devido a questões de agenda. Harris foi a integrante do governo americano que exigiu com mais veemência um cessar-fogo.

Na sexta-feira, Natanyahu viajará para a Flórida a convite do ex-presidente e candidato republicano Donald Trump. O israelense afirma que tem ótimo relacionamento com o magnata e inclusive o homenageou durante seu discurso no Congresso.

Muitos democratas boicotaram a visita de Netanyahu. Eles condenam sua condução da guerra, que já deixou um 39.145 mortos em Gaza, segundo o último balanço do Ministério da Saúde do governo do Hamas, e uma catástrofe humanitária no território.

No ataque do Hamas no sul de Israel, 1.197 pessoas foram mortas, a maioria delas civis, segundo uma contagem da AFP baseada em dados oficiais israelenses. Os combatentes do grupo islamista também sequestraram 251 pessoas. O Exército estima que 111 permanecem em Gaza, mas acredita que 39 estejam mortos.

Milhares de manifestantes se reuniram nesta quinta-feira nos arredores do Capitólio, onde rejeitaram a presença de Netanyahu, segurando cartazes que o chamavam de "criminoso de guerra".

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