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Biden anuncia retirada de tropas dos EUA do Afeganistão até 11 de setembro

Retirada se basearia em certas garantias de segurança e de direitos humanos, segundo fontes, que falaram sob anonimato antes da formalização da decisão

Presidente dos EUA, Joe Biden, no Salão Oval da Casa Branca (Tom Brenner/Reuters)

Presidente dos EUA, Joe Biden, no Salão Oval da Casa Branca (Tom Brenner/Reuters)

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Reuters

Publicado em 13 de abril de 2021 às 14h59.

Última atualização em 14 de abril de 2021 às 16h27.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, decidiu retirar as tropas norte-americanas do Afeganistão até 11 de setembro de 2021, exatamente 20 anos depois de os ataques da Al Qaeda desencadearem a guerra mais longa dos EUA, disseram à Reuters três fontes a par do assunto.

Mas a retirada se basearia em certas garantias de segurança e de direitos humanos, disseram as fontes, que falaram sob anonimato antes da formalização da decisão, sem dar maiores detalhes.

O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, e o secretário da Defesa, Lloyd Austin, devem comunicar a decisão a aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) em Bruxelas na quarta-feira. Também é possível que Biden a anuncie publicamente, segundo as fontes.

Caso confirmada, ela descumprirá o prazo de retirada de 1º de maio combinado entre insurgentes do Taliban e o governo de Donald Trump, o antecessor de Biden. Em um comunicado emitido neste mês, o Taliban ameaçou retomar as hostilidades contra tropas estrangeiras no Afeganistão em caso de descumprimento do prazo de 1º de maio.

Mas a decisão ainda estabeleceria uma data relativamente próxima com uma retirada, podendo apaziguar os temores do Taliban de que Biden protelaria o processo.

O prazo de 1º de maio já parecia cada vez menos provável nas últimas semanas, dada a falta de preparativos locais para garantir que pudesse ocorrer de maneira segura e responsável. Autoridades dos EUA também culparam o Taliban por não cumprir os compromissos de diminuir a violência, e houve que alertasse para os laços persistentes do Taliban com a Al Qaeda.

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