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Biden nomeia filha de sobrevivente do Holocausto para embaixada alemã

A nova embaixadora será Ammy Gutmann, atual presidente da Universidade da Pennsylvania. Seu pai fugiu dos nazistas pouco antes da guerra

O presidente americano, Joe Biden: além de filha de um sobrevivente do Holocausta, Ammy Gutmann será a primeira mulher a ocupar o posto de embaixadora na Alemanha (Evelyn Hockstein/Reuters)

O presidente americano, Joe Biden: além de filha de um sobrevivente do Holocausta, Ammy Gutmann será a primeira mulher a ocupar o posto de embaixadora na Alemanha (Evelyn Hockstein/Reuters)

RC

Rodrigo Caetano

Publicado em 3 de julho de 2021 às 12h16.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, decidiu nomear a filha de um judeu refugiado para a embaixada americana na Alemanha. A escolhida, Ammy Gutmann, de 73 anos, é a atual presidente da Universidade da Pennsylvania.

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Gutmann disse estar agradecida pela oportunidade, considerando ser a filha de um sobrevivente do Holocausto. “Como filha de um refugiado, primeira geração de graduados e como uma líder acadêmica devotada a promover a democracia constitucional, não tenho palavras para agradecer a confiança depositada em mim pelo presidente Biden”, afirmou a embaixadora, em comunicado.

Seu pai fugiu da Alemanha para a Índia em 1934, junto com seus pais e irmãos, quando a perseguição nazista aos judeus já estava em curso. Dez anos depois, ele se estabeleceu em Nova York.

Em uma entrevista de 2013, Gutmann afirmou que a experiência de sua família teve um impacto profundo em sua vida. Um dos seus grandes feitos acadêmicos foi ter criado um dos maiores arquivos de informação sobre o Holocausto, em parceria com a Universidade da Califórnia do Sul (University of Southern California) e a fundação Shoah.

Gutmann ainda terá de ser sabatinada pelo Senado. Até a confirmação, ela continuará atuando como presidente da universidade. A acadêmica também será a primeira mulher a ocupar o posto, um dos mais importantes da diplomacia americana.

A nova embaixadora substituirá o interino Robin Quinville, que ocupa o cargo desde a renúncia de Richard Grenell, em fevereiro, após ser barrado em um cargo no departamento de inteligência que havia sido prometido a ele pelo ex-presidente Donald Trump.

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