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Biden mergulha de volta na campanha após garantir revanche com Trump

Após conquistar nomeação do partido Democrata, presidente fará uma viagem de dois dias pelos disputados estados de Michigan e Wisconsin

Joe Biden, presidente dos Estados Unidos (Nathan Howard/AFP)

Joe Biden, presidente dos Estados Unidos (Nathan Howard/AFP)

AFP
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Agência de notícias

Publicado em 13 de março de 2024 às 16h01.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, volta nesta quarta-feira, 13, a se concentrar em sua agenda eleitoral, um dia depois de ter conquistado a nomeação do seu partido, assim como seu adversário Donald Trump, para aquela que se apresenta como uma das campanhas mais longas e amargas para a Casa Branca.

Biden inicia uma viagem de dois dias pelos disputados estados de Michigan e Wisconsin (norte), nos quais superou Trump na campanha eleitoral de 2020 e onde precisa ganhar novamente para garantir sua reeleição.

O atual presidente, de 81 anos, e o republicano, de 77, confirmaram na terça-feira o que parecia um desfecho inevitável, após alcançarem o número suficiente de delegados para garantir a nomeação democrata e republicana, respectivamente, como candidatos nas eleições de novembro de 2024.

Os Estados Unidos enfrentam agora uma batalha vital e de forte rancor que se estenderá por quase oito meses.

Os candidatos não escondem o ressentimento pessoal existente entre eles, sobretudo após a vitória de Biden em 2020.

Durante seu giro, o democrata buscará se concentrar nas questões positivas de seu governo, como a recuperação do dinamismo da economia. Também anunciará, nesta quarta-feira, uma série de investimentos em infraestrutura e discursará em eventos em Milwaukee, Saginaw e Michigan, na quinta-feira, durante os quais provavelmente continuará a atacar Trump.

Michigan e Wisconsin integram o "Muro Azul", junto com a Pensilvânia, estado natal de Biden, que Trump faturou em 2016 após anos de controle democrata, e que o atual presidente recuperou por poucos votos de diferença quatro anos depois.

'Ressentimento e vingança'

Em uma prévia dos meses de fogo cruzado que estão por vir, ambos se atacaram mutuamente após a confirmação de suas candidaturas na terça.

Biden arremeteu contra a "campanha de ressentimento e vingança" de Trump, destacando a promessa do republicano de perdoar seus apoiadores que invadiram violentamente o Capitólio em 6 de janeiro de 2021 e afirmando que estes militantes "colocaram uma adaga no pescoço da democracia americana".

O magnata do setor imobiliário e ex-astro de reality shows enfrenta uma série de ações judiciais, incluindo demandas sobre os ataques ao Capitólio.

Biden também o comparou aos nazistas por sua dura retórica contra os imigrantes.

Trump respondeu às declarações chamando o democrata de o "pior, mais incompetente, corrupto e destrutivo presidente da história dos Estados Unidos" nas redes sociais.

A rivalidade cáustica entre ambos se estendeu para muitos aspectos na cada vez mais tóxica vida política nos Estados Unidos.

Na terça-feira, o depoimento do procurador especial que investigou o tratamento de documentos confidenciais por Biden e fez comentários polêmicos sobre sua idade e memória rapidamente se transformou em uma luta partidária.

Democratas e republicanos aproveitaram o comportamento contrastante entre Biden e Trump, que também foi alvo de acusações de manuseio indevido de documentos confidenciais e também enfrenta questionamentos relacionados a erros atribuídos à sua idade.

A posição dos Estados Unidos no cenário internacional também foi afetada, e seus aliados estão alarmados porque os republicanos bloqueiam no Congresso um pacote de 60 bilhões de dólares (R$ 299 bilhões na cotação atual) em ajuda militar vital à Ucrânia em sua luta contra a invasão russa lançada em fevereiro de 2022.

Biden autorizou US$ 300 milhões (R$ 1,5 bilhão) em ajuda emergencial para Kiev na terça-feira. Trump, por outro lado, já ameaçou cortar o auxílio e incentivou a Rússia a invadir países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) que não cumprirem suas dívidas com a organização.

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