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Biden e Netanyahu se falam por telefone pela 1ª vez em mais de um mês

Biden alertou contra qualquer operação em Rafah sem um plano "crível" para proteger mais de 1 milhão de civis

Netanyahu rejeitou a pressão de Washington e prometeu recentemente levar adiante um plano de ofensiva na cidade de Rafah, em Gaza (Brendan SMIALOWSKI / AFP/Getty Images)

Netanyahu rejeitou a pressão de Washington e prometeu recentemente levar adiante um plano de ofensiva na cidade de Rafah, em Gaza (Brendan SMIALOWSKI / AFP/Getty Images)

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Agência de notícias

Publicado em 18 de março de 2024 às 16h42.

Última atualização em 18 de março de 2024 às 16h50.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, conversaram por telefone nesta segunda-feira, 18, pela primeira vez em mais de um mês, informou a Casa Branca, em meio a uma crescente tensão pela ofensiva na Faixa de Gaza.

Desde a última ligação, em 15 de fevereiro, Biden tem sido cada vez mais crítico em relação ao número de mortos palestinos e à grave situação humanitária em Gaza devido à ofensiva militar israelense, em resposta aos ataques do movimento islamista Hamas em 7 de outubro.

Eles falaram sobre "os últimos acontecimentos em Israel e Gaza, incluindo a situação em Rafah e os esforços para aumentar a ajuda humanitária", indicou a Casa Branca em um comunicado, no qual afirmou que informará mais detalhes posteriormente.

Plano de ofensiva

Netanyahu rejeitou a pressão de Washington e prometeu recentemente levar adiante um plano de ofensiva na cidade de Rafah, em Gaza.

Segundo a nota publicada pelo gabinete do primeiro-ministro, ele declarou a Biden que está determinado a "alcançar todos os objetivos da guerra" em Gaza, entre eles, "a eliminação do Hamas".

Biden alertou contra qualquer operação em Rafah sem um plano "crível" para proteger mais de 1 milhão de civis. Há duas semanas, o presidente americano afirmou que teria uma reunião séria com o primeiro-ministro israelense.

O presidente americano manifestou ao premiê israelense sua "profunda preocupação" com o plano de lançar uma incursão terrestre em Rafah, e afirmou que uma ofensiva seria "um erro", acrescentou a Casa Branca.

Novas eleições?

Netanyahu, por sua vez, aceitou o pedido de enviar aos Estados Unidos uma delegação de alto nível para discutir esses planos e sobre a possibilidade de se encontrar "uma alternativa", declarou, nesta segunda, o assessor de Segurança Nacional, Jake Sullivan.

Biden também elogiou o "bom discurso" do líder da maioria democrata no Senado, Chuck Schumer, na semana passada, no qual pediu novas eleições em Israel.

Ele disse que Schumer, o oficial judeu de mais alto escalão nos Estados Unidos, "expressou séria preocupação compartilhada não apenas por ele, mas por muitos americanos".

Perante o alerta da ONU sobre uma fome iminente em Gaza, no início do mês Biden ordenou ao seu Exército que lançasse alimentos por via aérea sobre o território palestino e criará um corredor marítimo com o mesmo objetivo.

Os Estados Unidos fornecem milhares de milhões de dólares em ajuda militar a Israel, seu aliado próximo.

A campanha de Israel em Gaza começou após o ataque sem precedentes do grupo palestino Hamas, em 7 de outubro, que deixou cerca de 1,16 mil mortos em território israelense, a maioria civis, segundo um balanço da AFP baseado em números oficiais.

Desde então, quase 32 mil pessoas morreram em Gaza, a maioria delas mulheres e crianças, segundo o Ministério da Saúde do Hamas, que governa o território.

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