Repórter colaborador
Publicado em 9 de maio de 2024 às 06h51.
Última atualização em 9 de maio de 2024 às 09h16.
O presidente dos EUA, Joe Biden, disse na quarta-feira que bombas americanas foram usadas para matar civis em Gaza e reforçou a mensagem de que pode suspender o fornecimento armas a Israel para pressionar o governo de Binyamin Netanyahu a não invadir a cidade de Rafah.
Mais de um milhão de palestinos procuraram refúgio na cidade no sul de Gaza. A ONU disse que uma operação militar no local poderia levar a uma "catástrofe humanitária".
Pelo menos 30 pessoas foram mortas em Rafah desde terça-feira, incluindo mulheres e crianças, disse o porta-voz do hospital Al Kuwaiti em Rafah à ABC News. Mais de 33.000 pessoas foram mortas em Gaza, de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, administrado pelo Hamas, desde o início do conflito, em outubro.“Civis foram mortos em Gaza como consequência dessas bombas e de outras formas de ataque a centros populacionais”, disse Biden durante entrevista à CNN.
"Deixei claro que se eles [forças israelenses] forem para Rafah - eles ainda não foram para Rafah - se eles forem para Rafah, não fornecerei as armas que têm sido usadas historicamente para lidar com Rafah."
"Então ainda não ultrapassou sua linha vermelha?", perguntou Erin Burnett, da CNN, sobre a ação atual de Israel em Rafah. "Ainda não. Mas nós retivemos as armas. Retivemos um carregamento. É um carregamento antigo. Retivemos isso", disse Biden.
A Casa Branca classificou na terça-feira a incursão israelense em Rafah de “alcance limitado” até agora.
“Somos responsáveis pelos interesses de segurança do Estado de Israel e estamos atentos aos interesses dos Estados Unidos na região”, disse o porta-voz das Forças de Defesa de Israel, Daniel Hagari.
Na mesma entrevista, Biden esclareceu que' “os EUA continuarão a garantir que Israel esteja seguro em termos do Domo de Ferro e de sua capacidade de responder aos ataques que vieram recentemente do Oriente Médio”