Mundo

Biden deve anunciar boicote diplomático das Olimpíadas de Pequim

A informação foi divulgada inicialmente pena CNN nos EUA. O governo do presidente Joe Biden está sob intensa pressão para boicotar os Jogos de Inverno, que acontecem na China em 2022

Biden: ameaça de boicote aos Jogos de Pequim se materializa (Yuri Mikhailenko/TASS/Getty Images)

Biden: ameaça de boicote aos Jogos de Pequim se materializa (Yuri Mikhailenko/TASS/Getty Images)

CR

Carolina Riveira

Publicado em 6 de dezembro de 2021 às 10h36.

Última atualização em 6 de dezembro de 2021 às 15h39.

O governo do presidente americano, Joe Biden, deve anunciar um boicote diplomático das Olimpíadas de Inverno em Pequim. A informação foi divulgada inicialmente pela CNN nos Estados Unidos, e confirmada pela ABC neste domingo, 5. A expectativa é que um anúncio seja feito ainda nesta semana, caso o governo não mude de ideia até lá.

Embora as relações entre China e Estados Unidos tenham se deteriorado nos últimos cinco anos — algo que não tem mudado no governo Biden —, um boicote aos Jogos em Pequim não era esperado até se materializar de fato nas últimas semanas.

A competição está marcada para 2022, entre os dias 4 fevereiro e 20 de fevereiro.

Aprenda quais são os tipos de investimentos e como montar a sua própria carteira neste curso completo e acessível da EXAME.

Durante a Guerra Fria, Estados Unidos e sua então rival, a União Soviética, já usaram o esporte para promover medidas geopolíticas. Os boicotes começaram nas Olimpíadas de Moscou, em 1980, nas quais os EUA não compareceram. A União Soviética revidou nos Jogos de Los Angeles, em 1984.

Na manhã desta segunda-feira, 6, o Ministério das Relações Exteriores da China rebateu as notícias do possível boicote americano.

"As Olimpíadas de inverno não são um palco para shows políticos e manipulação política", disse o porta-voz Zhao Lijian, que afirmou ainda que um boicote, se confirmado, seria uma "séria mancha" no espírito olímpico e uma "ofensa ao 1,4 bilhão de cidadãos chineses".

No mês passado, o presidente Joe Biden já havia afirmado que sua equipe considerava essa medida, em meio à pressão crescente de congressistas americanos de ambos os espectros políticos para ações mais fortes contra a China.

A principal justificativa, na visão dos políticos americanos, é o que o Departamento de Estado chama de "genocídio" contra a minoria muçulmana uigur na região de Xinjiang, noroeste da China.

Além das desavenças políticas, as Olimpíadas de Inverno estão sob questionamento em meio à nova variante ômicron do coronavírus e os debates sobre a segurança dos atletas, tal como ocorreu nos Jogos de Verão em Tóquio, realizados neste ano.

O governo chinês, que implementou desde o início da pandemia uma política de "covid zero" e tem número muito menor de casos e mortes proporcionalmente às demais potências, disse que os Jogos serão seguros.

Acompanhe tudo sobre:ChinaGoverno BidenOlimpíadas

Mais de Mundo

Justiça da Bolívia retira Evo Morales da chefia do partido governista após quase 3 décadas

Aerolineas Argentinas fecha acordo com sindicatos após meses de conflito

Agricultores franceses jogam esterco em prédio em ação contra acordo com Mercosul

Em fórum com Trump, Milei defende nova aliança política, comercial e militar com EUA