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Biden chama mandado de prisão para Netanyahu e Gallant de “ultrajante”

Tribunal Penal Internacional emitiu mandados de prisão para o primeiro-ministro de Israel e o ex-ministro da Defesa na última quinta-feira

Agência o Globo
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Publicado em 22 de novembro de 2024 às 06h46.

Última atualização em 22 de novembro de 2024 às 06h46.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, classificou nesta quinta-feira como “ultrajante” a ordem de prisão emitida pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) contra o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e seu ex-ministro da Defesa, Yoav Gallant, por crimes de guerra e crimes contra a humanidade na Faixa de Gaza.

“A emissão de mandados de prisão pelo TPI para líderes israelenses é ultrajante. Quero deixar claro mais uma vez: independentemente do que o TPI possa sugerir, não há equivalência - nenhuma - entre Israel e o (grupo islâmico palestino) Hamas. Nós sempre estaremos ao lado de Israel contra as ameaças à sua segurança”, disse o presidente americano em um comunicado.

Na quinta-feira, o TPI pediu a prisão e a rendição de Netanyahu e Gallant e do líder militar do Hamas, Mohammed Deif, embora Israel já o tenha declarado morto em um ataque à Faixa de Gaza em junho, algo que não pôde ser confirmado de forma independente.

Após a emissão dos mandados de prisão, Netanyahu chamou a acusação do TPI de “absurda e falsa” e de uma decisão “antissemita”, dizendo que “não há nada mais justo do que a guerra de Israel em Gaza”. O Hamas, por sua vez, saudou a medida.

“A justiça internacional está conosco contra a entidade sionista”, disse o grupo palestino.

O TPI não tem uma força policial para prender suspeitos, mas seus 125 países membros, incluindo o Reino Unido e os países da União Europeia, são obrigados a cooperar com a corte, da qual nem os EUA, nem Israel fazem parte.

Antes da declaração de Biden, um porta-voz da Casa Branca disse que os EUA estão “profundamente preocupados” com a “pressa” do Gabinete da Procuradoria do TPI, chefiado por Karim Khan, em solicitar os mandados de prisão, assim como com os “erros processuais problemáticos que levaram a essa decisão”.

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