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BID vai dobrar investimento em startups; veja quais projetos são buscados

Banco Interamericano de Desenvolvimento aprovou nova estratégia para apoiar empresas na América Latina e Caribe

Ilan Goldfajn, presidente do BID, durante reunião com representantes da Apex, em Washington (Sergio Gonzales/BID/Divulgação)

Ilan Goldfajn, presidente do BID, durante reunião com representantes da Apex, em Washington (Sergio Gonzales/BID/Divulgação)

Rafael Balago
Rafael Balago

Repórter de macroeconomia

Publicado em 14 de março de 2024 às 13h05.

Última atualização em 18 de março de 2024 às 16h05.

Washington - O BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) irá dobrar os recursos investidos em startups, para 400 milhões de dólares. A decisão foi anunciada após a reunião geral da entidade, realizada na semana passada na República Dominicana.

O banco também recebeu um aumento de capital de 3,5 bilhões de dólares. A entidade é mantida por 48 países-membros e atua em 26 países da América Latina e Caribe. A entidade, prestes a completar 65 anos, financiou e mobilizou 14,8 bilhões de dólares em investimentos em 2022.

Os recursos para startups serão repassados por meio do programa BID Lab, que direciona recursos para empresas, especialmente startups que tenham iniciativas que ajudem no desenvolvimento dos países.

Os 400 milhões de dólares serão buscados por meio de novos fundos e serão captados até 2032, o que dobrará os valores investidos hoje pelo banco nas empresas iniciantes.

"Não investimos em qualquer startup, mas naquelas que tenham algum impacto no desenvolvimento. Se estamos pensando em segurança alimentar, por exemplo, vamos promover startups que tragam inovações que possam gerar mais produtividade e gerar mais alimentos para o Brasil, a América Latina e o mundo", disse Ilan Goldfajn, presidente do BID, durante conversa com jornalistas em Washington.

Outros exemplos buscados são startups que buscam soluções para conter a crise climática, como tecnologias para reduzir as emissões de CO2 e para ampliar o acesso a água tratada e saneamento.

"Na República Dominicana e no Caribe, há uma preocupação grande com o sargaço, uma alga que é um problema pois tem crescido muito, no contexto de mudanças climáticas, e pode afetar o turismo. Fizemos um concurso de inovação para descobrir usos para o sagarço e ajudar a resolver a questão", contou Goldfajn.

O aumento dos investimentos em startups é parte de uma mudança de estratégia do BID, para dar mais atenção à respostas para as mudanças climáticas e à redução da pobreza.

O repórter viajou a convite da Apex.

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