Os ministros da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho e da Casa Civil, Gleisi Hoffmann durante entrevista coletiva após reunião com a presidenta Dilma Rousseff (Valter Campanato/ABr)
Da Redação
Publicado em 9 de janeiro de 2012 às 14h17.
Brasília - O ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, disse nesta segunda-feira que irá ao Congresso nesta semana explicar as acusações de que teria privilegiado seu estado, Pernambuco, no repasse de verbas da pasta, e seu filho, o deputado federal Fernando Coelho Filho (PSB-PE), no empenho de emendas parlamentares.
Bezerra disse ter conversado com o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e que pediu para ser convocado para a comissão representativa do Congresso Nacional, que está em recesso, para quarta-feira. Nesta manhã, ele teve seu primeiro encontro com a presidente Dilma Rousseff desde o surgimento das denúncias e se defendeu das acusações.
"Houve uma boa e longa conversa com a presidenta. A presidenta já recebeu todas as informações... portanto todos os pontos levantados já foram devidamento respondidos", disse Bezerra em coletiva de imprensa. "Se não contasse com a confiança e o apoio da presidenta Dilma, eu não estaria nessa solenidade".
"Nós estamos tranquilos que nenhuma dessas denúncias irá prosperar porque nunca prosperou uma denúncia em relação à minha pessoa e nunca tive nenhuma conta rejeitada em toda minha vida pública", disse ele.
Mais cedo, Bezerra creditou ao acirramento eleitoral em Petrolina, onde seu filho é possível candidato à prefeitura, como a origem das acusações que vem sofrendo nos últimos dias.
O Palácio do Planalto vem trabalhando para blindar Bezerra das denúncias tendo em vista alianças para a eleição municipal de Recife, da qual o ministro seria um dos pré-candidatos caso deixe a pasta. Bezerra é afilhado político do governador de Pernambuco e presidente do PSB, Eduardo Campos.
Em 2011, sete ministros deixaram o governo Dilma, seis deles diante de suspeitas de irregularidades publicadas pela imprensa.