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Bernanke prevê 'calamidade' se teto da dívida não subir

Ele também afirmou que haverá cortes imediatos na seguridade social, sistema de saúde e pagamentos para que o governo possa manter os pagamentos de juros da dívida

Bernanke: "Se o teto da dívida não for elevado, ocorrerá uma enorme calamidade financeira" (Alex Wong/Getty Images)

Bernanke: "Se o teto da dívida não for elevado, ocorrerá uma enorme calamidade financeira" (Alex Wong/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 13 de julho de 2011 às 14h31.

Nova York - O presidente do Federal Reserve (Fed, banco central americano), Ben Bernanke, disse, num discurso no Capitólio, que os formuladores de políticas públicas precisam elevar o limite da dívida federal e reduzir os déficit de longo prazo para evitar uma deterioração da economia. "Se o teto da dívida não for elevado, ocorrerá uma enorme calamidade financeira", acrescentou Bernanke, em sua linguagem mais forte até agora sobre o tema.

Ele também afirmou que haverá cortes imediatos na seguridade social, sistema de saúde Medicare, pagamentos de militares ou de alguma combinação dessas despesas para que o governo possa manter os pagamentos de juros da dívida. "O simples calote de nossas obrigações para com os nossos cidadãos pode ser suficiente para criar um rebaixamento no rating da dívida e juros mais altos para nós, o que seria contraproducente, é claro, porque torna o déficit pior", destacou Bernanke.

A moratória da dívida será uma grande crise, provocando "ondas de choque" no sistema financeiro, acrescentou o presidente do Fed. O Congresso e a Casa Branca estão negociando um pacote para cortar déficits e elevar o limite da dívida. O Departamento do Tesouro dos EUA alertou que o governo poderá declarar a moratória se o Congresso não elevar o limite da dívida até 2 de agosto.

Mas o presidente do Fed alertou contra muitos cortes muito cedo no orçamento do governo, acrescentando que, ao invés disso, o Congresso e a Casa Branca deveriam adotar uma perspectiva de longo prazo sobre os déficits, dos benefícios e das políticas fiscais. Segundo ele, é preciso tentar evitar contrações acentuadas no curto prazo, o que poderia enfraquecer a recuperação econômica do país. As informações são da Dow Jones.

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