Imagem de satélite do furacão Gonzalo, no oeste do oceano Atlântico (AFP)
Da Redação
Publicado em 17 de outubro de 2014 às 18h12.
Hamilton - O furacão Gonzalo mantinha sua força destrutiva, com ventos de mais de 200 km/h, poucas horas antes de chegar às ilhas Bermudas, que se preparavam para receber seu impacto, diante da previsão de perigosas inundações e chuvas.
Gonzalo era um furacão de categoria 3, das cinco da escala Saffir-Simpson, com ventos de 205 km/h e rajadas ainda mais fortes, quando estava apenas 165 km ao sudoeste das Bermudas às 18h GMT (15h no horário de Brasília) - informou o Centro Nacional de Furacões (NHC, na sigla em inglês), situado em Miami (sudeste dos Estados Unidos).
Apesar de perder força gradativamente, "espera-se que Gonzalo se torne um perigoso furacão, quando se posicionar perto, ou sobre as Bermudas", advertiu o NHC, que prevê que o arquipélago britânico sofrerá com fortes ventos, inundações costeiras e chuvas de 80 mm a 150 mm.
Na tarde desta sexta-feira, quando ventos e chuvas já atingiam as Bermudas, a capital, Hamilton, permanecia em silêncio, com as pessoas protegidas em suas casas, com as janelas bloqueadas. Escolas e estabelecimentos comerciais estão fechados desde quinta-feira.
Gonzalo, que na quinta-feira permaneceu como furacão de categoria 4 com ventos até 230 km/h, perderá força rapidamente a partir da noite de sexta, informou o NHC.
Antes disso, porém, seu centro passará a 46 km do arquipélago, por volta das 23h GMT (20h no horário de Brasília), segundo um boletim do Serviço de Meteorologia das Bermudas.
O serviço desse conjunto de ilhas turísticas, de 60 mil habitantes, situado no Atlântico, a 1.000 km da costa americana, informou às 18h GMT desta sexta-feira (15h no horário de Brasília) que já eram registradas rajadas de 110 km/h.
"Ventos com força de furacão começarão a se estender pela ilha muito em breve", advertiu.
Além do vendaval, haverá "inundações costeiras que podem causar mortes, que serão acompanhadas de grandes ondas destrutivas", acrescentou o órgão.
As autoridades advertiram que o ciclone poderá ser tão severo quanto o furacão Fabian, que, em 2003, deixou quatro mortos e danos milionários nas Bermudas.