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Berlusconi nega envolvimento em fraude da Mediaset

O ex-primeiro-ministro disse que decidiu voluntariamente falar perante juízes de Milão em uma audiência de apelação para expressar sua opinião sobre o assunto


	Silvio Berlusconi: eu nunca participei de qualquer negociação para os contratos de direito de TV", afirmou o ex-primeiro ministro
 (©afp.com / Pascal Guyot)

Silvio Berlusconi: eu nunca participei de qualquer negociação para os contratos de direito de TV", afirmou o ex-primeiro ministro (©afp.com / Pascal Guyot)

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Da Redação

Publicado em 1 de março de 2013 às 11h15.

Milão - O ex-primeiro-ministro da Itália Silvio Berlusconi negou envolvimento em uma alegada fraude tributária relacionada à aquisição de direitos de TV para a empresa de comunicações italiana Mediaset Spa.

O ex-primeiro-ministro disse que decidiu voluntariamente falar perante juízes de Milão em uma audiência de apelação para expressar sua opinião sobre o assunto. "Eu nunca participei de qualquer negociação para os contratos de direito de TV", afirmou.

O julgamento, cujo veredicto está previsto para ser anunciado neste mês, está agora em sua segunda fase, após uma decisão de primeira instância apontar Berlusconi como culpado por envolvimento em alegada fraude tributária que teria ocorrido há 10 anos durante a compra de direitos de televisão e filmes norte-americanos da Mediaset.

A empresa de comunicações é acusada de ter comprado os direitos de filmes e TV a preços inflados, o que a permitiu reduzir de maneira fraudulenta seus impostos, afirmou o juiz Edoardo D'Avossa na decisão de primeira instância em outubro do ano passado.

Com resultado da decisão, Berlusconi foi condenado em primeira instância a uma pena de quatro anos, e proibido de assumir cargo público por cinco anos e de ter uma posição na companhia durante três anos. No entanto, ele negou as acusações e apelou da decisão.

Berlusconi disse nesta sexta-feira que a alegada fraude tributária teria gerado uma economia para Mediaset de cerca de 3 milhões (US$ 3,94 milhões). Segundo ele no fiscal 2002/2003 - a companhia pagou 67 milhões de euros em impostos, então a economia de 3 milhões de euros alegada não teria feito muita diferença para a conta de impostos da emissora.

Ele acrescentou que espera que o veredicto da audiência de apelação seja mais justo que a decisão da primeira instância, que, segundo ele, foi um grande erro, ou motivada politicamente. As informações são da Dow Jones.

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