Silvio Berlusconi disse que os cortes no setor público foram resultantes de pedido da UE para que países contenham gastos.
Da Redação
Publicado em 21 de fevereiro de 2011 às 14h58.
Roma - A Itália adotou medidas de austeridade fiscal porque os gastos públicos "não são mais sustentáveis", disse o primeiro-ministro do país, Silvio Berlusconi, durante uma entrevista coletiva. Ele acrescentou que os cortes foram solicitados pela União Europeia e que outros países também tomarão providências similares. Ontem o governo italiano aprovou o orçamento 2011/2012, que inclui cortes nas despesas públicas equivalentes a 24 bilhões de euros.
As medidas devem reduzir o déficit fiscal da Itália para uma taxa que corresponde a 2,7% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2012, segundo Berlusconi. O primeiro-ministro disse também que diminuir o papel de um governo que atualmente responde por mais da metade da economia italiana também ajudará a combater a corrupção, acrescentando que o pacote de austeridade fiscal da Itália é menor do que os apresentados por Espanha, França, Alemanha e Grécia.
Sindicatos
A maior confederação sindical da Itália, a CGIL, convocou hoje uma greve geral para até o fim de junho, para protestar contra os cortes de gastos propostos pelo governo do país. Quase um quarto do fardo do corte proposto pelo governo recai sobre os servidores públicos. O plano propõe um período de quatro anos sem aumentos, com cortes nos salários daqueles que ganham mais. O líder da CGIL, Guglielmo Epifani, disse que vai submeter a proposta de greve ao Conselho Executivo da confederação na semana que vem. "O objetivo do protesto é mudar o Orçamento", afirmou. As informações são da Dow Jones.
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