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Berlusconi diz que quase dormiu durante julgamento

O ex-primeiro-ministro deu a declaração após deixar o tribunal no qual é acusado de suborno

"Foi difícil não dormir", disse o empresário após a audiência (Getty Images)

"Foi difícil não dormir", disse o empresário após a audiência (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 28 de novembro de 2011 às 17h20.

Roma - O ex-chefe de governo italiano Silvio Berlusconi não parou de fazer declarações desde que foi obrigado a renunciar há duas semanas, e nesta segunda-feira admitiu que quase dormiu durante a audiência em Milão (norte) pelo chamado caso Mills, no qual é acusado de suborno.

"Foi difícil não dormir", afirmou à imprensa durante uma pausa na audiência que durou todo o dia.

Um dos maiores problemas judiciais que ameaçam o magnata das comunicações italiano é a acusação de corrupção na década de 1990 feita pelo advogado britânico David Mills, condenado a quatro anos e meio de prisão por prestar falso testemunho em troca de dinheiro.

Mills foi condenado por ter recebido 600.000 dólares de Berlusconi para testemunhar a seu favor em dois processos abertos em 1997 e em 1998.

O advogado britânico, ex-marido da ministra da Cultura, Tessa Jowell, e especialista na criação de empresas "off-shore", foi julgado pela abertura de contas bancárias com o nome de Fininvest, empresa de Berlusconi, en paraísos fiscales.

A justiça italiana o intimou a comparecer no dia 19 de dezembro ante os juízes de Milão.

"Este julgamento não tem sentido porque em fevereiro o crime prescreve", comentou Berlusconi, que conta com um verdadeiro pelotão de advogados, muitos deles parlamentares de seu próprio partido de direita.

Mills foi condenado por esse caso em 2009, mas a Corte de Cassação considerou em 2010 que os fatos prescreveram.

Berlusconi, que emprega um tom de campanha eleitoral, falou também da controversa relação entre seu partido Povo da Liberdade (PdL) e seu antigo aliado, a populista Liga Norte, do novo primeiro-ministro, Mario Monti, e voltou a acusar seus opositores de serem "comunistas" que querem tomar conta da Itália.

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