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Berlusconi diz que a RAI faz publicidade à máfia

O ex-primeiro-ministro da Itália Silvio Berlusconi disse que a televisão pública RAI faz publicidade à máfia


	O ex-premier italiano Silvio Berlusconi: Berlusconi também reivindicou seu papel como "o primeiro empreendedor cultural da Itália".
 (Alberto Lingria/AFP)

O ex-premier italiano Silvio Berlusconi: Berlusconi também reivindicou seu papel como "o primeiro empreendedor cultural da Itália". (Alberto Lingria/AFP)

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Da Redação

Publicado em 7 de maio de 2014 às 14h00.

Roma - O ex-primeiro-ministro da Itália Silvio Berlusconi disse nesta quarta-feira em Roma que a televisão pública "RAI" faz publicidade à máfia e assegurou que ele é o "primeiro empresário cultural" do país.

"Não se trata de fazer publicidade à máfia como faz a televisão pública, nós não fazemos isto", ressaltou o líder do partido conservador Forza Itália.

Embora Berlusconi não tenha falado de um programa concretamente da RAI, no passado manifestou suas críticas contra séries como a bem-sucedida "La Piovra", sobre a máfia siciliana que estreou no canal público em 1984 e da qual afirmou então que danificava a imagem da Itália.

Suas críticas contra a "RAI" se produzem depois que a emissora italiana anunciou a intenção de estrear uma série baseada no filme "La mafia uccide solo d"estate" ("A máfia mata só no verão") do diretor Pierfrancesco Diliberto.

Berlusconi também fez esses comentários um dia depois da estreia da série "Gomorra", baseada no livro de Roberto Saviano, no canal italiano "Sky Atlantic HD".

"Gomorra" conta, em 12 capítulos, a história, baseada em fatos reais, de duas famílias rivais do crime organizado que lutam para controlar o tráfico de drogas no bairro napolitano de Scampiala.

Durante a apresentação do novo departamento de Cultura do Forza Itália, que, ressaltou, "há tempo estávamos em falta", Berlusconi, que preside a corporação de telecomunicações Mediaset e é fundador de "Canale 5", reivindicou seu papel como "o primeiro empreendedor cultural da Itália".

Além disso, o ex-líder italiano pediu que o primeiro-ministro, o social-democrata Matteo Renzi, liberte as companhias que fomentam a cultura de pagar certos impostos.

"Falei com os senhores do governo para que reduzam os impostos às empresas que se ocupam da cultura porque é o único modo de favorecê-las", prosseguiu.

Berlusconi fez estas declarações dois dias antes de começar a prestar serviços sociais por decisão da Justiça, que impôs um ano de prisão em 2013 por fraude fiscal.

O ex-primeiro-ministro da Itália, de 77 anos, foi eximido de cumprir sua pena na prisão por conta de sua idade.

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