Berlusconi se une à pressão internacional pela queda de Kadafi (Vincenzo Pinto/AFP)
Da Redação
Publicado em 22 de agosto de 2011 às 10h11.
Roma - O chefe de governo italiano, Silvio Berlusconi, convocou nesta segunda-feira seu ex-aliado Muammar Kadafi a se render, com o objetivo de evitar "sofrimentos inúteis" no povo líbio, indicou o governo em um comunicado.
A Itália, maior sócio econômico da Líbia durante o regime de Kadafi, rompeu com o líder líbio e manifestou seu apoio ao Conselho Nacional de Transição, após a entrada dos rebeldes em Trípoli.
"O Conselho Nacional de Transição (CNT) e os rebeldes líbios que combatem em Trípoli estão coroando suas aspirações de conquistar uma Líbia democrática e unida. O governo italiano está com eles", ressalta o comunicado.
"Exortamos o CNT a se abster de qualquer vingança e a enfrentar a transição em direção a uma democracia com coragem e espírito aberto em direção a todos os setores da população", solicita Berlusconi na nota.
Poucas horas antes, o ministro italiano das Relações Exteriores, Franco Frattini, calculava que o regime de Kadafi controla neste momento apenas "entre 10 e 15%" da capital Trípoli.
"Observamos nas últimas horas uma consolidação da progressão da oposição ao regime e podemos dizer que neste momento apenas entre 10 e 15% da cidade permanece nas mãos do regime", declarou o ministro, ao ser consultado sobre a situação na capital líbia.
Segundo Frattini, "evidentemente a prisão dos filhos de Kadafi foi um elemento decisivo".
O ministro italiano considerou obsoleta a opção de que Kadafi seja exilado, e disse que o coronel deve ser entregue ao Tribunal Penal Internacional (TPI).