O ex-primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 23 de novembro de 2013 às 17h14.
Roma - O ex-primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi pediu neste sábado por um perdão presidencial após ser condenado por fraude fiscal e disse que sua expulsão do parlamento em uma votação na próxima semana seria um "golpe de Estado".
O Senado vai votar na quarta-feira se Berlusconi, de 77 anos, deve perder o seu mandato, depois de ter sido considerado culpado em agosto de planejar um complexo sistema ilegal para reduzir os custos com impostos de sua empresa de mídia Mediaset.
"A esquerda não deve imaginar que vamos permitir que esse golpe de estado siga em frente sem qualquer resposta", disse Berlusconi a um grupo de jovens seguidores em uma festa de seu partido de centro-direita Forza Italia.
A votação é prevista para ser desfavorável ao bilionário magnata da mídia, com o Partido Democrático do primeiro-ministro, Enrico Letta, e o anti-establishment Movimento 5-Estrelas juntos a favor de sua expulsão.
Berlusconi, que sempre alegou inocência, disse que o presidente Giorgio Napolitano deveria conceder-lhe um perdão sem passar pelo procedimento normal, que Napolitano disse ser necessário.
"O presidente não deve hesitar nem um momento para dar um passo que cancela o serviço comunitário, sem que eu apresente um pedido, porque eu tenho a dignidade de não solicitá-lo", disse Berlusconi.
A corte de Milão condenou o ex-premiê a quatro penas de quatro anos de prisão, sentença comutada para um ano em prisão domiciliar ou em serviço comunitário.
Em um discurso apaixonado, Berlusconi disse que ser condenado a "limpar banheiros", em serviço comunitário, iria "expor não só a mim, mas o nosso país ao ridículo".