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Berlusconi adia para 5ª feira o pedido de moção na Câmara italiana

Visita foi adiada para quinta-feira, quando primeiro-ministro pronunciará um discurso 'programático

Moção de confiança deve ser votada na sexta-feira,  já que é preciso passar pelo menos 24 horas desde o pedido do presidente do Governo (Vincenzo Pinto/AFP)

Moção de confiança deve ser votada na sexta-feira, já que é preciso passar pelo menos 24 horas desde o pedido do presidente do Governo (Vincenzo Pinto/AFP)

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Da Redação

Publicado em 12 de outubro de 2011 às 11h20.

Roma - O primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, adiou para quinta-feira o comparecimento à Câmara dos Deputados para pedir uma moção de confiança, que deve ser votada na sexta-feira, após o Governo não conseguir aprovar as contas do Estado.

Anteriormente, seu comparecimento à Câmara dos Deputados estava previsto para esta quarta-feira. No entanto, após uma reunião dos porta-vozes da casa baixa do Parlamento, a visita foi adiada para quinta-feira, quando Berlusconi pronunciará um discurso 'programático', segundo fontes de seu partido, Povo da Liberdade (PdL), e depois pedirá uma moção de confiança.

A moção de confiança deve ser votada na sexta-feira, portanto - já que é preciso passar pelo menos 24 horas desde o pedido do presidente do Governo.

A Câmara dos Deputados não conseguiu aprovar o orçamento estatal nesta terça-feira, após um empate de 290 votos a favor e 290 contra na votação do primeiro artigo. Por isso, a votação do documento teve de ser suspensa.

Para a maioria dos analistas, isso foi um 'incidente técnico' devido às diversas ausências, mas também ocorreu a chamativa abstenção do ministro da Economia, Giulio Tremonti.

O presidente da Itália, Giorgio Napolitano, afirmou que a situação desta terça-feira 'suscita dúvidas e preocupações', por isso emitiu uma nota na qual pediu a Berlusconi que comprove se ainda possui maioria parlamentar para seguir governando.

Trata-se da segunda questão de confiança que o chefe de Governo tem de enfrentar durante a atual legislatura. A primeira foi em dezembro, quando compareceu ao Parlamento para verificar se contava com o apoio da maioria após a perda do respaldo de seu ex-aliado Gianfranco Fini e de alguns outros correligionários.

A oposição reiterou nesta quarta-feira o pedido de renúncia de Berlusconi. 

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