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Berlim planeja dar 3 anos de residência a refugiados sírios

A Alemanha planeja aliviar a situação do escritório para refugiados, com dificuldades frente à avalanche de migrantes


	A Alemanha planeja aliviar a situação do escritório para refugiados, com dificuldades frente à avalanche de migrantes
 (Reuters / Marko Djurica)

A Alemanha planeja aliviar a situação do escritório para refugiados, com dificuldades frente à avalanche de migrantes (Reuters / Marko Djurica)

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Da Redação

Publicado em 26 de setembro de 2015 às 09h19.

Berlim - O governo alemão estuda conceder automaticamente três anos de permissão de residência aos refugiados sírios para "desafogar" o escritório que tramita os pedidos de asilo, publica nesta sábado a revista alemã "Der Spiegel".

A Chancelaria alemã planeja aliviar com esta medida a situação que do Escritório Federal para a Migração e os Refugiados (BAMF), que foi alvo de grandes críticas nas últimas semanas perante sua incapacidade frente à avalanche de refugiados.

Por um lado, a medida eliminaria o processo burocrático derivado de tramitar os pedidos de asilo de todos os refugiados sírios chegados à Alemanha, que conformam um dos maiores grupos de imigrantes e têm a princípio muitas opções de ficar porque procedem de um país assolado por uma guerra civil.

Por outro, a proposta permitiria que a BAMF se concentrasse na tramitação dos pedidos do resto de refugiados, que provêm em sua maioria dos Bálcãs.

A permissão de residência temporária para os cidadãos sírios não permitiria o direito de reagrupamento familiar, segundo fontes governamentais citadas pela "Der Spiegel".

O governo alemão forneceria o financiamento para esta permissão de residência especial para sírios, apesar de ser competência dos estados federados e dos municípios cobrir as necessidades dos peticionários de asilo.

O conflito vivido na Síria desde março de 2011, quando surgiram protestos contra o governo de Bashar al Assad, deixou cerca de 220 mil mortos e mais de quatro milhões de refugiados em países vizinhos, assim como 7,6 milhões de deslocados internos, segundo cálculos da ONU.

A Alemanha calcula que receberá neste ano cerca de 800 mil refugiados, procedentes principalmente da Síria, Iraque, Afeganistão e Eritreia, assim como dos países que compõem os Bálcãs Ocidentais.

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