Fogos de artifício em Copacabana, no Rio de Janeiro, na virada de 2025 (Daniel Ramalho/AFP)
Agência de Notícias
Publicado em 2 de janeiro de 2025 às 13h29.
Berlim, principal cenário do uso ilegal de pirotecnia no último Réveillon na Alemanha, disse nesta quinta-feira, 2, que deseja ver medidas de proibição ou controle da tradição de se despedir do ano com fogos de artifício que causaram pelo menos cinco mortes e muitos feridos.
De acordo com a rádio e TV local “RBB”, Kai Wegner, prefeito-governador da cidade-estado de Berlim e membro da conservadora União Democrata-Cristã (CDU), disse que “a importação de fogos de artifício, que já são proibidos na Alemanha, só pode ser evitada por meio de controles mais rígidos nas fronteiras”.
As chamadas “bombas pirotécnicas” são normalmente usadas por profissionais, devido ao seu perigo e complexidade, em exibições de fogos de artifício, mas suas explosões também foram relatadas na última véspera de Ano Novo em lugares como Berlim por indivíduos que as compraram no exterior.
As palavras de Wegner foram seguidas pelas do também político democrata-cristão Burkard Dregger, responsável por assuntos internos no Parlamento regional de Berlim, que pediu “controles de fronteira mais rígidos” sobre o uso dessas “bombas pirotécnicas”.
Os Verdes, partido de oposição em Berlim, também rejeitaram o uso desses produtos, e o político ambientalista Vasili Franco chegou a pedir a proibição total de fogos de artifício.
“Os explosivos devem estar nas mãos de profissionais, não de foliões bêbados. Se levarmos a sério a segurança, não há outra opção a não ser proibir a venda de fogos de artifício com antecedência e generalizar as zonas de proibição”, escreveu Franco na rede social X (ex-Twitter).
Pelo menos cinco pessoas morreram em acidentes relacionados a fogos de artifício na quarta-feira, com centenas de feridos, de acordo com relatos da imprensa local.
A venda desses produtos pirotécnicos na Alemanha para a véspera de Ano Novo, cujo uso é uma tradição no país, foi estimada em cerca de 180 milhões de euros nos dias que antecederam a última noite do ano, de acordo com a Associação da Indústria Pirotécnica.