Berlim - O governo de Berlim autorizou nesta terça-feira o começo dos trâmites legais com a Confederação Alemã de Esportes Olímpicos (DOSB, na sigla em alemão) para apresentar a candidatura da cidade como sede dos Jogos Olímpicos para as edições de 2024 ou 2028 do megaevento.
A cidade de Hamburgo também começou o processo de candidatura, e a entidade nacional decidirá em dezembro se a Alemanha concorrerá ou não novamente a sede.
Com a cidade altamente endividada, as autoridades de Berlim apostaram em uma candidatura modesta e que conte com o apoio dos cidadãos, embora não tenham especificado como esse respaldo será garantido.
"As ideias, as preocupações e os desejos dos cidadãos de Berlim devem ser incluídos em um eventual processo de candidatura. É preciso iniciar novas formas de participação popular", explicou o senador de Interior e Esportes da cidade-estado, Frank Henkel.
O prefeito da capital, Klaus Wowereit, lembrou que é preciso avaliar primeiramente a situação em nível nacional e que é necessário saber se Berlim contará com o apoio da DOSB e do governo federal.
Para Wowereit, a Alemanha só terá chances de sediar os Jogos com a candidatura de Berlim, que em 1993 tentou organizar os do ano 2000, mas sem sucesso.
A proposta do governo berlinense conta com a oposição, que considera que, com as dívidas atuais, a cidade não poderia apresentar uma candidatura que custaria em torno de 60 milhões de euros (R$ 181 milhões).
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1. Barcelona – 1992
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1/5 (Getty Images)
Talvez a revitalização de Barcelona seja o caso mais famoso de legado positivo deixado por uma Olimpíada. A cidade, que era considerada decadente antes dos jogos, conseguiu mudar sua imagem após a competição. Nos jogos, a cidade investiu nas parcerias entre iniciativa pública e privada e concentrou esforços na revitalização da zona portuária e do centro antigo. O resultado disso foi a revitalização da cidade velha – e o ganho de uma área valorizada à beira-mar, onde havia sido feita a Vila Olímpica. Os apartamentos da Vila foram vendidos ainda antes dos jogos.
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2. Sydney – 2000
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2/5 (Getty Images)
Sydney não teve o mesmo aproveitamento de Barcelona. Muitas instalações acabaram mostrando-se grandes demais após o evento e seguem sem muita ocupação. Mesmo assim, houve um legado positivo importante. A cidade despoluiu a baía de Sydney, que foi utilizada nas provas de Vela, e também implantou forma de reaproveitamento de água, energia e lixo. Além disso, também foi feita a transformação de uma região degradada em área residencial.
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3. Atlanta -1996
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3/5 (Getty Images)
Os jogos de Atlanta foram bastante conturbados – com direito a um atentado a bomba – mas o pós-jogo foi positivo. O Parque Olímpico foi construído em uma região degradada da cidade, desenvolvendo o bairro. A Universidade Georgia Tech utiliza a vila olímpica para acomodar seus estudantes e também o centro de esportes aquáticos.
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4. Seul – 1988
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4/5 (Getty Images)
Em Seul os jogos auxiliaram a desenvolver a cidade e também o esporte no país. Além de ter dado lucro, essa edição dos jogos olímpicos também atraiu novos negócios. Governada por um regime autoritário, a Coréia do Sul também via nos jogos uma possibilidade de mostrar uma imagem positiva ao mundo. Mas o regime acabou caindo antes do início da competição.
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5. Tóquio – 1964
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5/5 (Getty Images)
A cidade precisou ser transformada para receber os jogos em 1964 e mostrar que havia superado a destruição da guerra. O governo investiu em avenidas, em uma rede de serviços e também no trem-bala, inaugurado poucos dias antes do início dos jogos. Estima-se que o governo investiu 3 bilhões de dólares para construir estádios e reformar a capital. Nessa edição dos jogos, os japoneses introduziram a cronometragem eletrônica e, assim, o centésimo de segundo nos tempos dos competidores.