Bento XVI num Mercedes-Benz modificado como papamóvel em São Paulo, em 2007. (Wikimedia Commons)
Vanessa Barbosa
Publicado em 17 de agosto de 2011 às 15h14.
São Paulo – 'O Papa é verde, o verde não poupa ninguém...' Se fosse escrita hoje, a famosa letra da banda Engenheiros do Hawaii 'O Papa é Pop' seria próxima disso. Mais do que uma tendência, a consciência ambiental vem ditando regra nos mais variados setores, da política à economia. A religião não poderia ficar de fora. Exemplo disso é que o novo papamóvel, veículo utilizado para as aparições públicas da maior autoridade da Igreja Católica, deverá em breve ser híbrido e, portanto, menos poluente.
O novo carro é um presente da fabricante de luxo Mercedes-Benz e será o primeiro papamóvel da história com a tecnologia verde. A marca alemã também está presente em outros veículos oficiais utilizados por Bento XVI, como o ML 430 e o conversível G500, ambos equipados com vidros à prova de balas.
Combinando um motor a combustão e um propulsor elétrico alimentado por baterias de íon lítio, o novo papamóvel ecológico vai entregar um total de 60 cavalos de potência. A velocidade máxima será de 30 km/h, suficientes para os passeios públicos que o pontífice realiza em suas visitas oficias. As baterias podem ser inteiramente recarregadas em até uma hora.
A previsão é de que o veículo chegue apenas no final do ano. Esta não é a primeira vez que o Vaticano manifesta, na prática, preocupação com as questões ambientais. Em 2008, instalou os primeiros painéis solares para geração de energia sobre o teto da Sala Paulo VI. A instalação de energia renovável ocupou cerca de dois mil metros quadrados.