Jesus ressuscitado não é alguém que tenha retornado à vida normal segundo o Papa (Pool/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 17 de agosto de 2011 às 15h15.
Cidade do Vaticano - O papa Bento XVI afirma que a ressurreição de Jesus é um fato historicamente crível e que os judeus não foram os culpados pela condenação de Cristo à morte, tal como se pode ler no segundo volume do livro "Jesus de Nazaré", lançado nesta quinta-feira em livrarias de meio mundo.
O papa alega que Jesus ressuscitado não é alguém que tenha retornado à vida normal e que depois, segundo as leis da biologia, deveria novamente morrer.
Se a ressurreição não tivesse sido mais "que o milagre de um morto ressuscitado, em última instância, não teria para nós interesse algum, não teria mais importância que a reanimação pela perícia dos médicos de alguém clinicamente morto".
"A ressurreição de Cristo é um acontecimento universal", diz o papa.
Nesse livro, de 396 páginas, editado em sete idiomas, Bento XVI narra a semana da paixão de Cristo e conta sua vida desde a entrada em Jerusalém até a ressurreição.
O papa destaca que os judeus não tiveram culpa na condenação de Jesus à morte.
"Como teria podido todo o povo (judeu) estar presente nesse momento para pedir a morte de Jesus?", pergunta-se o papa.
O Pontífice reconhece que essa errônea interpretação teve consequências "fatais", fazendo referência às contínuas acusações de deicídio atribuídas aos judeus durante séculos, o que levou à perseguição dos israelitas.