Mundo

Bélgica, França e Holanda reduzirão enriquecimento de urânio

Os três países são os principais geradores de urânio altamente enriquecido da Europa

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 26 de março de 2012 às 13h41.

Seul - A Bélgica, a França e a Holanda, em cooperação com os Estados Unidos, reafirmaram nesta segunda-feira seu compromisso de reduzir a produção para uso médico do urânio altamente enriquecido com objetivo de prevenir que grupos terroristas utilizem este material.

Após o jantar inaugural da 2ª Cúpula de Segurança Nuclear de Seul, que reúne nesta segunda e terça-feira mais de 50 líderes mundiais, os quatro países anunciaram sua decisão de colocar em prática o acordo feito na primeira edição do evento, que ocorreu em Washington em abril de 2010.

De acordo com esse acordo, Bélgica, França e Holanda, principais geradores de urânio altamente enriquecido da Europa, se comprometeram a adaptar suas indústrias até 2015 para que a atual produção de isótopos desse material destinado ao uso médico seja feita com urânio de baixo enriquecimento.

'É uma data realista para realizar nosso compromisso', especificou em entrevista coletiva o ministro das Relações Exteriores da Holanda, Uri Rosenthal.

Em três anos, os três países europeus deverão contar com uma produção sustentável de isótopos de urânio de baixo enriquecimento, o que levou os EUA a se comprometerem a fornecer as provisões necessárias caso o processo de reestruturação gere uma escassez de reservas que afete os pacientes.

'O presidente Barack Obama tem a firme determinação de reduzir a presença de urânio altamente enriquecido no mundo, incluindo os reatores de pesquisa', afirmou o secretário de Energia dos EUA, Steven Chu.

O urânio altamente enriquecido, usado habitualmente em tratamentos médicos para combater o câncer, requer uma proteção especial, já que também pode ser utilizado para a fabricação de bombas nucleares.

Evitar que esse e outros materiais radioativos caiam em mãos de terroristas é um dos grandes objetivos da Cúpula de Seul, onde os principais líderes do mundo tentam transformar em planos de ação os compromissos feitos na primeira reunião de Washington, em 2010. 

Acompanhe tudo sobre:BélgicaEuropaFrançaHolandaPaíses ricosSaúdeUrânio

Mais de Mundo

Trump nomeia Robert Kennedy Jr. para liderar Departamento de Saúde

Cristina Kirchner perde aposentadoria vitalícia após condenação por corrupção

Justiça de Nova York multa a casa de leilões Sotheby's em R$ 36 milhões por fraude fiscal

Xi Jinping inaugura megaporto de US$ 1,3 bilhão no Peru