Suspeito de ataque terrorista em Bruxelas no dia dos atentados: ele foi capturado e confirmou sua identidade às autoridades (Reuters)
Da Redação
Publicado em 9 de abril de 2016 às 20h00.
BRUXELAS - Um homem detido sob acusação de terrorismo na Bélgica admitiu ser o "homem de chapéu" visto nas imagens das câmeras de segurança no aeroporto de Bruxelas junto com dois homens-bomba depois dos ataques na cidade que mataram 32 pessoas, disseram os promotores públicos neste sábado.
Os promotores afirmaram que, depois de ser confrontado com as imagens preparadas por uma unidade de investigação, o belga Mohamed Abrini disse que era o homem que a polícia estava procurando desde os bombardeios ao aeroporto e ao metrô em 22 de março. "Ele não tinha outra escolha", disse um porta-voz dos promotores públicos da Bélgica. Ele está detido desde a noite de sexta-feira. Abrini estava na lista de mais procurados da Europa desde dezembro, depois que foi pego por uma câmera de segurança em uma estação de serviços na estrada com o suposto militante Salah Abdeslam enquanto dirigiam para Paris dois dias antes dos ataques que mataram 130 pessoas em novembro.
Com as prisões e mortes em Bruxelas desde que as buscas de 15 de março colocaram a polícia atrás de Abdeslam, todos os principais suspeitos conhecidos pelos ataques de Paris e Bruxelas parecem ter sido retirados das ruas da Europa.
Depois de deixar o aeroporto, Abrini jogou seu casaco em uma lixeira e depois vendeu o seu chapéu, disseram os promotores.
"Ele está sendo acusado de participar das atividades de um grupo terrorista e de assassinato terrorista", disse a Promotoria federal da Bélgica em um comunicado. Os promotores acusaram quatro pessoas, incluindo Abrini, por atividades terroristas pelas suas supostas participações nos bombardeios de Bruxelas e nos ataques de Paris em novembro.
Eles foram presos na sexta-feira, junto com outras duas pessoas que foram libertados em seguida. A polícia belga fez uma operação em um suposto esconderijo no centro de Bruxelas no sábado, mas não encontrou armas ou explosivos e não prendeu mais ninguém.