Operação da polícia belga: as forças de segurança belgas liberaram, após interrogatório, seis dos sete detidos (Eric Vidal / Reuters)
Da Redação
Publicado em 20 de novembro de 2015 às 09h44.
Bruxelas - A polícia da Bélgica libertou um dos dois detidos na quinta-feira que estavam sendo investigados por sua relação com o atentado de uma semana em Paris, e prolongou por 24 horas a prisão do outro, informou a procuradoria nesta sexta-feira.
As forças de segurança belgas liberaram, após interrogatório, seis das sete pessoas detidas na quinta-feira dentro da investigação penal de Hadfi Bilal, um dos suicidas do Stade de France.
O Ministério Público belga indicou que a privação de liberdade da sétima pessoa "foi prolongada de maneira provisório por 24 horas".
Este segundo dossiê não tem um vínculo direto com os atentados, especificou o MP, que disse que não informará a identidade de nenhum dos envolvidos.
As forças de segurança belgas efetuaram ontem revistas em sete imóveis da região de Bruxelas, parte da operação antiterrorista lançada após os atentados de Paris.
Uma das revistas realizadas em Laeken, bairro residencial no noroeste de Bruxelas, está diretamente relacionada com a investigação dos atentados de sexta-feira 13 em Paris.
Na quinta-feira, o porta-voz da procuradoria, Eric Van Der Sypt, disse que uma pessoa tinha sido interrogada neste contexto e que após verificar sua identidade decidiriam se seria considerada "suspeita ou testemunha".
Também foi realizada uma operação no entorno de Hadfi Bilal, o francês de 20 anos que vivia na Bélgica e um dos suicidas do Stade de France.
A procuradoria informou que essa operação não tinha um vínculo direto com os atentados, mas faz parte de uma investigação judicial iniciada no começo de 2015, depois que o jovem viajou para a Síria.
Ele combateu na Síria para o Estado Islâmico e era conhecido pelo Órgão de Coordenação para a Análise das Ameaças (OCAM), pois figurava em uma lista de 800 nomes fichados por terem vínculos com esse país, segundo a rede de televisão "RTBF".
De acordo com as autoridades belgas, estas revistas estavam previstas há algum tempo, e por isso não têm a ver com a investigação dos atentados de Paris e com a busca de Salah Abdeslam, procurado por sua suposta participação nos atentados de Paris.