Atentado na Bélgica: um dos alvos da decisão é Mohammed Abrini, suposto membro do comando que atentou em março passado em Bruxelas (Reuters)
Da Redação
Publicado em 29 de julho de 2016 às 09h03.
Bruxelas - O governo da Bélgica congelou pela primeira vez sem a intervenção de um juiz os bens e ativos financeiros de 12 supostos terroristas, entre eles Mohammed Abrini, suposto membro do comando que atentou em março passado em Bruxelas, informou nesta sexta-feira o jornal econômico "L'Jogo".
A família Bazarouj, suspeita de ter escondido Salah Abdeslam durante sua fuga após os atentados de Paris de novembro, assim como vários combatentes que permanecem na Síria também foram afetados por esta medida administrativa adotada a pedido do Órgão de Coordenação para a Análise da Ameaça (OCAM, por sua sigla em francês).
Uma vez aplicada a decisão, as 12 pessoas não poderão ter acesso a seus bens financeiros e imobiliários e nem a suas demais posses.
Além disso, não terão a possibilidade de receber apoio financeiro por parte de um terceiro indivíduo ou coletivo.
Apesar desta disposição existir desde 2006, o Real Decreto nunca tinha sido posto em prática até agora.
Na quinta-feira, o Diário Oficial da Bélgica (Moniteur Belge) publicou dez nomes afetados por esta medida, depois que o Conselho de Ministros do país aprovou a iniciativa em reunião em 20 de julho.
Antes, na reunião do gabinete belga de 27 de maio decidiu incluir no congelamento dos ativos financeiros a outros dois jihadistas deslocados à Síria.
Segundo especificou "L'Jogo", os nomes afetados por esta iniciativa já estão fichados há muito tempo pelos serviços de segurança. EFE