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Beatrix, a primeira rainha europeia que abdica no século XXI

No próximo dia 30 de abril, seu filho, o princípe Willem, de 45 anos e casado com a argentina Máxima Zorreguieta, se tornará o novo chefe de Estado


	Ministros posam com a ex-rainha Beatrix ao centro: rainha Beatrix chegou ao trono em 30 de abril de 1980 após a abdicação de sua mãe, a rainha Juliana
 (REUTERS)

Ministros posam com a ex-rainha Beatrix ao centro: rainha Beatrix chegou ao trono em 30 de abril de 1980 após a abdicação de sua mãe, a rainha Juliana (REUTERS)

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Da Redação

Publicado em 28 de janeiro de 2013 às 17h40.

A rainha Beatrix da Holanda se tornou nesta segunda-feira, com a abdicação após quase 33 anos no poder, a primeira monarca que deixa o trono de um país europeu no século XXI.

No próximo dia 30 de abril, seu filho, o princípe Willem, de 45 anos e casado com a argentina Máxima Zorreguieta, se tornará o novo chefe de Estado e o primeiro monarca varão da Holanda desde finais do século XIX.

A rainha Beatrix chegou ao trono em 30 de abril de 1980 após a abdicação de sua mãe, a rainha Juliana, que por sua vez tinha recebido o trono como consequência da renúncia da rainha Guillermina, em 1948.

A primeira abdicação do século XX, a do czar Nicolau II, e a renúncia de seu irmão, o Grande Duque Miguel, chegou com a explosão da Revolução Russa em 1917.

Um ano depois, em novembro de 1918, foi o kaiser Guillermo II da Alemanha que abdicou após a derrota na Primeira Guerra Mundial (1914-1918) e acabou na Holanda.

Em setembro de 1922, Constantino I da Grécia abdicou a coroa do país, que passou a ser dirigido por Jorge II.


Na Grã-Bretanha, a renúncia do rei Eduardo VIII, em dezembro de 1936, levou ao trono Jorge VI, pai da atual monarca britânica, a rainha Elizabeth II.

O espanhol Alfonso XIII, morto em Roma em 28 de fevereiro de 1941, abdicou pouco antes seus direitos para favorecer seu terceiro filho, o dom Juan de Bourbon, em 15 de janeiro desse mesmo ano. No entanto, ele nunca chegou a reinar de fato e em 1977, apresentou oficialmente a renúncia ao trono perante seu filho, o atual rei da Espanha, Juan Carlos I.

Na Romênia, onde reinou a dinastia de Hohenzollern-Sigmaringen entre 1866 e dezembro de 1947, seu último rei foi Miguel I, obrigado a abdicar pelos comunistas apoiados pelos soviéticos. Este último tinha chegado ao trono após a renúncia de seu pai, Carlos II.

Um ano antes, em maio de 1946, o rei da Itália, Víctor Manuel III, renunciou em favor de seu filho, o príncipe de Piemonte, que chegou ao trono como Humberto II.

Na Bélgica, o rei Leopoldo III delegou seus poderes ao seu filho Balduino I, que lhe sucedeu em 1951. Neste país, aconteceu em 1990 o abandono por um dia do posto do rei Balduino, que por convicções éticas se recusou a dar o consentimento real a uma emenda legal obrigatória para descriminalizar o aborto no país.

A última abdicação do século XX aconteceu em Luxemburgo, quando Enrique de Nassau chegou ao trono após a renúncia de seu pai, o Grande Duque Juan, em 6 de outubro de 2000.

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