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BCE manterá gradualismo e flexibilidade na política monetária, diz Lagarde

Para executiva, mesmo com incertezas provocadas pela guerra na Ucrânia, atividade econômica global continua a se recuperar

Christine Lagarde, presidente do Banco Central Europeu (François Lenoir/Reuters)

Christine Lagarde, presidente do Banco Central Europeu (François Lenoir/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 21 de abril de 2022 às 09h20.

A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, afirmou nesta quinta-feira, 21, que a política monetária dependerá de dados e da avaliação das perspectivas, sendo que, nas atuais condições de alta incerteza, "manteremos o gradualismo e a flexibilidade na condução da política monetária".

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De acordo com ela, a guerra entre Rússia e Ucrânia ampliou as incertezas, com aumentos adicionais nos custos de energia e preocupações crescentes sobre gargalos de fornecimento.

"Nesse ambiente, o principal objetivo dos formuladores de políticas é calibrar cuidadosamente as políticas fiscal, monetária e estrutural", afirmou Lagarde, durante discurso em evento do Fundo Monetário Internacional (FMI).

"A inflação será maior se os preços da energia e de outras commodities aumentarem ainda mais e surgirem novos gargalos de oferta. No médio prazo, podem surgir riscos para as perspectivas de inflação se os salários subirem mais do que o previsto, as expectativas de inflação de longo prazo ultrapassarem a meta ou as condições de oferta piorarem de forma duradoura", completou.

Apesar desse cenário, Lagarde destacou que a atividade econômica global continuou a se recuperar. "O progresso das campanhas de vacinação e políticas econômicas de apoio sustentaram uma sólida recuperação global da atividade econômica e do comércio", afirmou.

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