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BC Europeu mantém taxas de juros em 1%

Juros de empréstimo a bancos também não foi alterado, permanecendo em 1,75%

Sede do BCE: valor do euro disparou após anúncio do Fed, a US$ 1,425 (Arquivo/Getty Images)

Sede do BCE: valor do euro disparou após anúncio do Fed, a US$ 1,425 (Arquivo/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 4 de novembro de 2010 às 13h50.

Frankfurt - O Conselho do Banco Central Europeu (BCE) decidiu nesta quinta-feira manter os juros básicos da zona do euro em 1% pelo 19º mês consecutivo.

A instituição europeia informou em Frankfurt que também deixou inalterada a facilidade marginal de crédito, pela que empresta dinheiro aos bancos, em 1,75%.

Por sua vez, o BCE manteve a facilidade de depósito, que remunera depósitos overnight em bancos centrais nacionais, em 0,25%.

O Banco da Inglaterra deixou inalterada as taxas de juros no mínimo histórico de 0,5% e comunicou que não ampliará a dotação de seu programa de emissão de dinheiro para a reativação do mercado creditício.

Nos EUA as taxas se situam atualmente entre zero e 0,25% e no Japão entre zero e 0,1%.

O euro disparou nesta quinta-feira na negociação europeia até o máximo desde janeiro, acima de US$ 1,4250, depois que o Federal Reserve (Fed, banco central americana) anunciou a compra de dívida pública no valor de US$ 600 bilhões.

A apreciação do euro pode prejudicar as exportações da zona do euro e lastrar a recuperação econômica liderada pela Alemanha.

A partir das 10h30 (de Brasília), o presidente do BCE, Jean-Claude Trichet, dará maiores detalhes das deliberações do conselho de Governo em entrevista coletiva em sua sede em Frankfurt.

O analista de Commerzbank Michael Schubert descartou que o BCE siga os passos do Fed e destacou que os próprios bancos comerciais da zona do euro mostraram que não querem uma base monetária tão ampla.

O BCE prestou aos bancos comerciais da eurozona liquidez ilimitada desde a quebra de Lehman Brothers e teme que muitas entidades de crédito não façam esforços para reduzir a dependência de suas facilidades e buscar financiamento no mercado de dinheiro.

Com esta medida, a entidade monetária europeia ajuda aos bancos dos países periféricos, os que mais dificuldades têm a conseguiram refinanciamento.

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