O presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso (Georges Gobet/AFP)
Da Redação
Publicado em 27 de outubro de 2011 às 14h47.
Paris - A possível contribuição da China para o fundo de resgate da zona do euro é uma consequência lógica dos benefícios colossais que o país asiático recebeu da globalização, afirmou o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso. "É coerente que países com superávits maiores façam uma contribuição também para a estabilidade financeira global, porque eles estão se beneficiando" disso, afirmou Barroso em entrevista à TV France 24.
Barroso rejeitou, no entanto, afirmações de que a Europa está recorrendo a fundos de outros países porque não pode suprir suas próprias necessidades sozinha. "Nós não estamos implorando a ninguém por dinheiro", disse.
Na madrugada de hoje os líderes europeus fecharam um acordo para reduzir a dívida da Grécia, recapitalizar os bancos e aumentar o poder de fogo da Linha de Estabilidade Financeira Europeia (EFSF, na sigla em inglês) para cerca de 1 trilhão de euros. A expansão pode, em parte, ser financiada por economias emergentes, como a China.
Hoje o presidente da França, Nicolas Sarkozy, conversou por telefone com o presidente da China, Hu Jintao, para informá-lo sobre o pacote de resgate da zona do euro fechado de madrugada em Bruxelas, na Bélgica. Além disso, o executivo-chefe da EFSF, Klaus Regling, vai viajar para a China amanhã e depois seguirá para outros países asiáticos, segundo fontes. As informações são da Dow Jones.