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Barril do petróleo ficará entre US$ 70 e US$ 80 até 2011

Estudo aponta recuperação moderada da crise deve manter preço nos patamares atuais

O estudo aponta que a Opep quer manter o preço do barril do petróleo (Arquivo)

O estudo aponta que a Opep quer manter o preço do barril do petróleo (Arquivo)

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Da Redação

Publicado em 21 de setembro de 2010 às 18h06.

Londres - O preço do barril de petróleo se manterá em média entre US$ 70 e US$ 80 até, pelo menos, meados de 2011, segundo um estudo divulgado hoje em Londres pelo Centro de Estudos Globais para a Energia (CGES, na sigla em inglês).

A análise revela que "não há indícios de que os preços se inclinarão em uma ou outra direção".

Nas condições atuais de produção e preços, afirma o CGES, a Arábia Saudita está em boas condições para reduzir sua produção quando for necessário com o objetivo de prevenir uma queda brusca dos preços.

Além disso, "o apetite pela compra de petróleo por parte das refinarias da China (o maior consumidor de petróleo do mundo ao lado dos Estados Unidos) tende a diminuir quando o preço do barril estiver acima dos US$ 80".

O CGES considera que, neste momento, "parece que há poucas razões que fariam os preços sair dessa média", dado que há reservas abundantes e a produção por parte dos países não membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) cresceram de maneira estável.

"A isso se soma a estabilização da produção mexicana e a incorporação de novos campos petrolíferos no Brasil, Estados Unidos, Rússia e África, impulsionados pelo aumento na produção de gases liquefeitos de petróleo (GLP)".

"A Opep também viu um aumento em sua produção de GLP", acrescenta o CGES, que ressalta que este grupo de países "tem uma ampla capacidade de reserva".

No entanto, o CGES adverte que a retirada das tropas de combate americanas do Iraque "suscitou preocupação sobre a futura estabilidade" de um dos principais produtores de petróleo do Oriente Médio.

O estudo revela o aumento da demanda global de petróleo como consequência do fim da recessão, mas lembra que "o ritmo de crescimento previsivelmente desacelerará na segunda metade de 2010 e em 2011 em relação às taxas observadas na primeira metade deste ano".

"Em parte isto se deve ao fato de a demanda de petróleo na primeira metade de 2010 ter sido uma recuperação dos baixíssimos níveis da primeira metade de 2009, o que é também um reflexo da crença de que a recuperação econômica está começando a perder gás, particularmente nos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômicos (OCDE)", afirma.

"Nos países em desenvolvimento da Ásia a demanda também parece estar diminuindo, já que suas exportações não decolaram como se esperava", indica o CGES.

O relatório conclui que, neste momento, a Opep está com a intenção de manter os preços do petróleo, algo que "tem um custo, pois a economia global se recuperará mais lentamente e o mercado do petróleo não crescerá tão rápido como com preços mais moderados".

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