Estudantes protestam em Santiago, no Chile, no dia 27 de setembro, por mais investimento em educação: população experimenta um aumento da agitação social a quatro meses das eleições (Martin Bernetti/AFP)
Da Redação
Publicado em 11 de julho de 2013 às 14h27.
Barricadas incendiárias marcaram nesta quinta-feira o início de uma greve nacional no Chile, convocada pela principal central sindical e apoiada por grande parte da população do país, que experimenta um aumento da agitação social, a quatro meses da eleição presidencial.
A ação de protesto da Central Única dos Trabalhadores (CUT), apoiada por trabalhadores de vários setores e estudantes, começou com uma dúzia de bloqueios com barricadas em várias partes de Santiago, causando engarrafamentos e desvios do transporte público, informou a polícia.
Ao amanhecer, no município de Estación Central, um grupo atacou e incendiou um ônibus.
O governo de Santiago e a CUT, principal sindicato do país, chegaram na manhã desta quinta-feira a um acordo sobre a percurso da manifestação na capital.
A polícia preparou um forte esquema de segurança, com centenas de policiais.
Os acessos às minas da estatal Codelco, a maior produtora mundial de cobre, também foram bloqueados, atrasando o início do trabalho.
A CUT reivindica mudanças nas leis trabalhistas, uma reforma tributária, salário mínimo de ao menos 490 dólares -atualmente é de 380 dólares mensais-, uma reforma previdenciária, substituindo o modelo privado por um estatal, sem lucro e de contribuição partilhada entre o trabalhador e o empregador.
A greve nacional acontece meses antes das eleições legislativa e presidencial de 17 de novembro, e em um clima de tensão social com inúmeros protestos organizados principalmente por estudantes.
A jornada de reivindicações se iniciou na noite de quarta-feira com um panelaço em frente ao palácio do governo de La Moneda, no centro de Santiago.